Com duração de 26 meses, as obras desta que será uma subestação vão ser financiadas pelo Banco Africano de Desenvolvimento, no valor de 220 milhões de dólares, possibilitando a construção de uma linha com uma extensão de 343 quilómetros que ligará o Huambo e o Lubango, escreve a Angop.
Na ocasião, Baptista Borges destacou a importância da desminagem para implementar o projecto. Assim, considerou que a finalização da desminagem, bem como a entrega do certificado da área desminada naquele traçado consistem num marco para o sector, dado que ficam criadas as condições para que os trabalhos comecem.
Citado pela Angop, o titular da pasta da Energia e Águas enfatizou que, no quadro do Plano de Desenvolvimento Nacional para o período 2023-2027, o Governo colocou no centro das prioridades a ligação entre os sistemas eléctricos do centro (Huambo) e sul (Huíla), para fornecer às pessoas mais quantidade e qualidade de electricidade.
O ministro disse ainda que, após a chegada ao Lubango e Namibe, o Executivo planeou expandir para o município da Cahama, na província do Cunene, visando a ligar ao sistema na Namíbia.
Já citado num comunicado do Ministério da Energia e Águas, a que o VerAngola teve acesso, João Baptista Borges adiantou que "o grande objectivo é trazer mais capacidade energética para acudir a todas as necessidades da região".
Além disso, apontou ainda que este projecto da linha "irá empregar muitos jovens".
Já Hélio de Almeida, governador da província da Huíla em exercício, citado pela Angop, fez saber que esta infra-estrutura está inserida no plano de acção estratégica de governança da região, perspectivando-se que os outros nove municípios unam-se aos cinco que já integram a rede eléctrica pública, acrescentando: "Este acto marca uma das etapas fundamentais no que a execução desta linha de alta tensão diz respeito".
É no norte do país que está a maior fatia das barragens, sendo que esta zona acaba por apresentar um excedente no que diz respeito à produção de energia. Contrariamente, o sul do país debata-se com a escassez de energia, pelo que, segundo a Angop, o Governo investiu na expansão da energia eléctrica por via da ligação Malanje, Cuanza Norte, Cuanza Sul, Huambo e Huíla, no qual vai sair para as províncias do Namibe e Cunene.
De acordo com a nota da tutela, na cerimónia de entrega de certificado da área desminada no traçado da linha entre o Huambo e Lubango, estiveram também presentes o ministro da Defesa Nacional, Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria, João Ernesto dos Santos Liberdade, o secretário de Estado para a Energia, Arlindo Carlos, o vice-governador da Huíla e igualmente o do Huambo, o representante do Banco Africano de Desenvolvimento para Angola e São Tomé, entre outros.