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“No nada porém com tudo”: uma viagem de 8000 quilómetros contada em fotografias

Esta Quinta-feira, no Hotel Trópico em Luanda, e até ao dia 17 de Junho, pode contemplar-se o trabalho fotográfico de Lwiana Almeida. Em entrevista ao VerAngola, a artista revelou estar muito contente com a exposição que retracta a natureza e a vida selvagem em fotografias captadas entre Angola e Namíbia, numa viagem de mais de 8000 quilómetros. Lwiana conta que, com este trabalho, espera que o público “possa sair da exposição mais consciencializado de que é preciso preservar o que existe de natureza fora dos grandes centros urbanos”.

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A artista plástica nasceu e cresceu em Luanda. Estudou na capital até ao ensino médio e formou-se em Artes Plásticas e Fotografia em Portugal, na Escola de Belas Artes da cidade do Porto e na Cooperativa Árvore. Fez ainda duas formações de fotografia na Word Press Photo. O gosto pela fotografia surgiu na adolescência, influenciado pelos vários artistas da família.

Tem como grande referência o fotógrafo angolano José Silva Pinto, e inspira-se nos trabalhos de Sebastião Silva e Marina Cano. Gosta de fotografar, desde o fotojornalismo ao desporto, mas dedica-se à natureza e à vida selvagem em especial. Em Angola, gosta de apontar a câmara ao ex-líbris do Namibe, “a Welwitschia Mirabilis”. Já além-fronteiras “as migrações de animais na Tanzânia”, foram uma das experiências favoritas.

Realizou duas exposições individuais de artes plásticas, e participou noutras colectivas. Tem duas menções honrosas e um prémio do concurso de fotografia BESA Photo. É membro dos AF (Amigos da Fotografia) em Angola e faz parte da organização do concurso FotoRali que se realiza durante o campeonato de Rali/Raid. Actualmente trabalha como freelancer em fotografia.

Já enfrentou alguns desafios como “o acesso a algumas áreas de natureza intacta em Angola porque são áreas de muito difícil acesso, em que os animais estão assustados por causa da caça furtiva”. Ambiciona fazer parte do acervo do Museu de História Natural de Londres ou da National Geographic e pretende “continuar a aprender mais e a fotografar a Natureza e a vida selvagem e poder mostrar ao público em geral a necessidade de preservar o que ainda existe fora dos centros urbanos”.

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