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UNICEF e Universidade Católica formam assistentes sociais com apoio da UE

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e a Universidade Católica assinaram um protocolo para capacitar os poucos assistentes sociais, projecto financiado pela União Europeia (UE).

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O acordo assinado faz parte do Projecto de Apoio à Protecção Social em Angola (APROSOC), financiado através do 10.º Fundo Europeu de Desenvolvimento (FED), no valor global de 36,8 milhões de euros.

Na sua intervenção, o representante da UE, Gordon Kricke, sublinhou o papel crucial da protecção social na luta contra a pobreza, mais concretamente nas franjas mais vulneráveis da população.

O projecto, com a duração de quatro anos e que vai custar 400 mil dólares, tem como executores a UNICEF, responsável pela componente de apoio à implementação da Política de Protecção Social e o consórcio internacional liderado pela empresa Louis Berger, encarregado pela assistência técnica especializada ao Ministério da Assistência e Reinserção Social.

Em declarações à agência Lusa, o coordenador do departamento de Ciências Sociais e investigador sénior do Centro de Estudos e Investigação Científica (CEIC) da Universidade Católica, Nelson Pestana, considerou deficiente e insuficiente a protecção social no nosso país.

O académico disse que o projecto vai contribuir fortemente para o desenvolvimento da profissão de assistente social, que é muito importante para Angola e insuficiente no momento.

"Nunca é demais lembrar que o país foi martirizado por muitos anos de guerra e tem muita necessidade de muitos assistentes sociais, por isso estamos aqui para levar a formação multímoda dos assistentes sociais a todo o país progressivamente", disse Nelson Pestana.

Segundo o investigador, há projectos sociais que "estão no bom caminho, mas é preciso fazer-se muito mais".

"Precisamos de juntar sinergias, porque o país está absolutamente carente de todo um conjunto de sistemas de segurança, protecção e assistência social", frisou.

Nesse projecto, cabe à Universidade Católica a formação, através da criação do mestrado em serviço social, a revisão crítica do currículo de formação da licenciatura de serviço social já existente naquela instituição de ensino e a execução de uma nova licenciatura fora da capital do país, na província de Benguela, no Instituto Superior Politécnico católico daquela região.

Além da formação, está prevista igualmente a componente da investigação, a ser desenvolvida pelo CEIC, sobre protecção no meio rural, descentralização e organização administrativa, sobretudo nos municípios, merenda escolar e os indicadores sociais, nomeadamente da pobreza.

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