A Carnegie Mellon University, que figura entre as dez melhores do mundo e é líder em tecnologia e inteligência artificial, juntamente com a Duquesne University, ambas sediadas na Pensilvânia (EUA), estabeleceram acordos de cooperação académica com Angola.
A informação foi avançada esta Quinta-feira pelo presidente da Câmara de Comércio Angola-EUA, Pedro Godinho, após audiência concedida pela vice-Presidente da República, Esperança da Costa, em Luanda.
A maior universidade pública do país, com mais de 23 mil estudantes, superou a Universidade Católica e a Universidade Óscar Ribas no processo de selecção.
O protocolo de cooperação foi assinado em Março deste ano, marcando o primeiro passo oficial desta parceria.
“Nenhum país se desenvolve sem conhecimento e os Estados Unidos são a maior potência académica”, afirmou Pedro Godinho aos jornalistas no final da audiência.
A parceria concentra-se especialmente nas áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática, consideradas fundamentais para o desenvolvimento do país.
A Carnegie Mellon University, reconhecida mundialmente pelas suas inovações tecnológicas, foi a instituição responsável pelo desenvolvimento de tecnologias para veículos autónomos. A universidade possui experiência em projectos semelhantes implementados no Ruanda, com resultados positivos e apoio financeiro da Fundação Mastercard e da Fundação Bill & Melinda Gates.
Além do ensino superior, a cooperação abrange também o fortalecimento do ensino da língua inglesa em Angola, desde o ensino primário.
Após reuniões com a ministra da Educação em Dezembro passado, foi estabelecido contacto com a Universidade Carnegie para desenvolver uma proposta adaptada à realidade angolana.
“Com as universidades presentes no país, a disseminação científica torna-se cotidiana e muito mais expressiva”, destacou Pedro Godinho, acrescentando que o objectivo é estabelecer as universidades americanas em território nacional.
A Universidade Agostinho Neto já foi convidada a participar de um evento mundial sobre inteligência artificial realizado no Ruanda, que reuniu mais de 100 universidades.
O presidente da Câmara de Comércio Angola-EUA sublinhou que esta cooperação permite formar um número maior de quadros técnicos especializados, sem os custos elevados associados ao envio de bolseiros para o exterior.
Pedro Godinho disse ainda que a Vice-Presidente da República demonstrou grande receptividade à iniciativa, em parte devido à sua própria trajectória académica.
O projecto prevê ainda o estabelecimento de padrões internacionais para o ensino do inglês em Angola, incluindo capacitação de professores e desenvolvimento curricular.