Segundo um comunicado enviado à Lusa, trata-se do primeiro acordo internacional desde que a empresa, que junta os interesses participativos da britânica BP e da italiana Eni, foi criada, em 2022.
O actual grupo empreiteiro é constituído pelo operador privado Rhino (85 por cento), a companhia petrolífera estatal Namcor (10 por cento) e a companhia namibiana Corres Investments (5 por cento).
O programa de trabalho prevê a perfuração de dois poços de pesquisa de alto impacto, estimando-se que o primeiro poço seja perfurado até ao final de 2024. O acordo também concede à Azule Energy a opção de se tornar operador do Bloco PEL85.
O bloco está localizado na Bacia Orange "onde, desde 2022, foram feitas várias grandes descobertas de petróleo", refere-se no comunicado.
Citado na nota, o CEO da Azule Energy, Adriano Mongini mostrou entusiamos com este avanço. "A nossa entrada no offshore da Namíbia representa um marco significativo para a Azule. Estamos entusiasmados por entrar nesta região de grande prospectividade de hidrocarbonetos e participar na pesquisa do potencial de petróleo e gás da Namíbia. Este investimento está alinhado com a visão da Azule Energy de tornar-se um líder regional na exploração de energia e destaca o seu empenho no desenvolvimento de recursos de forma segura e fiável", apontou.
"A assinatura deste acordo estabelece as bases para uma nova parceria estratégica entre a Rhino e a Azule. Esta parceria baseia-se num esforço mútuo para acelerar as actividades de pesquisa no bloco, com o objectivo de desenvolver o potencial de hidrocarbonetos no menor período de tempo possível. Acreditamos que as capacidades excepcionais da Azule de rápida mobilização de recursos técnicos e financeiros complementarão os nossos objectivos de oferecer criação de valor, beneficiando todos os stakeholders namibianos", disse Travis Smithard, CEO da Rhino Resources.
A Azule Energy é o maior produtor independente de petróleo e gás do país, com o aumento da produção própria para cerca de 250 mil barris equivalentes de petróleo/dia nos próximos quatro anos.