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Quatro empresas poderão estrear-se este na bolsa de valores este ano

Pelo menos quatro empresas poderão ser cotadas em bolsa ainda este ano, todas ligadas à banca e ao sector do petróleo, disse esta Quinta-feira uma responsável da Bodiva, indicando que há 15 potenciais interessadas.

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Somoil (Sociedade Petrolífera Angolana), Acrep-Exploração Petrolífera e banco Millenium Atlântico são as empresas mais bem posicionadas para entrar em bolsa este ano, a par do Banco Angolano de Investimento (BAI), que se estreia a 9 de Junho, marcando o início da negociação do mercado de capitais em Angola, segundo a administradora da Bodiva, Cristina Lourenço.

A Bodiva tem estado a trabalhar directamente com empresas, explicando o processo de admissão à negociação e dando formação no mercado de capitais, revelou a administradora durante uma sessão de esclarecimento da Bolsa de Dívida e Valores de Angola (Bodiva) sobre a oferta pública de venda do BAI, que se tornará a primeira cotada da bolsa angolana, oito anos depois desta entrar em funcionamento
"Já conseguimos formar, pelo menos, 15 empresas que estão interessadas em entrar na bolsa", referiu Cristina Lourenço, afirmando que estão sobretudo ligadas ao sector da banca, petróleo e seguros.

"São estas empresas que têm demonstrado maior interesse, bem como preparação, para cumprir os requisitos" de admissão, disse.

Os futuros emitentes terão de cumprir alguns requisitos, nomeadamente terem actividade há três anos, um capital mínimo para dispersão de 5 por cento e uma capitalização bolsista não inferior a 500 milhões de kwanzas, sendo também obrigatória a divulgação do relatório e contas.

"Temos outras empresas ainda na 'pipeline', no horizonte de dois a três anos, mas a informação ainda não é pública. É um caminho que algumas empresas já estão a percorrer, é um processo que demora pelo menos um ano a preparar a nível interno", sublinhou Cristina Lourenço, sem revelar as outras potenciais cotadas no futuro.

"Entre a decisão do accionista, até efectivamente chegarmos ao processo de admissão em bolsa leva algum tempo", explicou.

A administradora da Bodiva indicou ainda que as empresas em formação não cumprem ainda todos os requisitos: "A formação é aberta a todas as empresas que estejam interessadas em perceber melhor o processo e as oportunidades de financiamento no mercado de capitais. Algumas já cumprem alguns requisitos e tem outros ainda por organizar".

Na primeira fase, o curso direccionou-se para empresas do sector público, no âmbito do Programa de Privatização (Propriv), mas o interesse manifestado por parte de empresas privadas levou ao alargamento a este sector.

A Bodiva, onde são transaccionados actualmente os títulos e obrigações de dívida pública, conta com 27 membros, incluindo todos os bancos que operam no sistema financeiro de Angola e algumas sociedades correctoras.

 

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