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UNITA propõe reinício das aulas só em setembro

O grupo parlamentar da UNITA recomendou esta Quinta-feira que seja repensada a decisão do reinício das aulas para o ensino superior e médio em Angola, programado para 13 de Julho, e propõe que se adie para Setembro.

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A posição foi defendida pelo grupo parlamentar da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), num balanço dos 60 dias do estado de emergência, cumpridos no âmbito da pandemia provocada pelo novo coronavírus.

O receio é relativo às consequências de aglomerações, caso não haja condições de biossegurança, propondo, por isso, que o ano lectivo seja retomado em Setembro, acreditando que até lá haja maior controlo e capacidade de resposta.

A organização política continua a defender que a testagem em massa para o controlo da propagação e combate da covid-19 é a via mais segura a ser seguida pelo executivo, para além das medidas de proteção de biossegurança.

O ano lectivo em Angola foi interrompido com a declaração do estado de emergência, a 27 de Março, no âmbito das medidas de prevenção e combate da covid-19, que já causou 73 casos positivos de infecção, dos quais quatro mortos e 18 recuperados.

Com a declaração de calamidade pública, o executivo programou o reinício das aulas para o ensino médio e superior, a 13 de Julho, enquanto que o primário retoma a 27 do mesmo mês.

Ainda no âmbito da saúde, o grupo parlamentar da UNITA advoga o fortalecimento do sistema de saúde com recursos financeiros, humanos e materiais, para enfrentar a emergência sanitária actual da covid-19 e manter o suporte contínuo às doenças endémicas, como malária, doenças respiratórias, cardiovasculares, diarreias, diabetes, HIV/sida, tuberculose e outras.

A experiência e cooperação dos médicos cubanos é reconhecida pela formação política, que recomenda, todavia, que seja posta em prática uma política de valorização e integração dos profissionais angolanos do sector para que as desigualdades de tratamento, no que toca aos incentivos e ao quadro salarial, não venham a pôr em risco o seu desempenho global.

O grupo parlamentar da UNITA apela a que as autoridades continuem a sensibilizar a população sobre os cuidados a observar na prevenção da covid-19, porque muitos cidadãos "estão a interpretar" o momento de calamidade pública "como sendo de liberdade para voltar aos velhos hábitos", sem usar máscaras de protecção.

No que se refere à situação económica, o grupo parlamentar da segunda força política do país entende que é preciso disponibilizar recursos públicos suficientes para satisfazer as necessidades dos cidadãos, bem como promover o uso eficiente, eficaz e económico dos recursos disponíveis na economia e distribuir de forma igualitária para todos os cidadãos.

Garantir a estabilidade macroeconómica do país, controlar a inflação, a taxa de câmbio e a dívida pública, são funções, segundo o grupo parlamentar da UNITA, que não devem ser postas em causa por nenhum estado de emergência ou situação de calamidade pública.

"Torna-se igualmente necessário criar uma agenda que facilite um modelo de crescimento económico mais virado para o sector privado e para a criação de um ambiente de negócios mais favorável. Esta agenda passa pelo apoio imediato, transparente e monitorado às micro, pequenas e médias empresas", sublinha a UNITA.

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