Numa nota de condolências, o presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, realça que Óscar Braga influenciou e participou activamente na formação de quadros angolanos e de uma igreja na diversidade, tendo-se focado na eucaristia, no escutismo, na pastoral da criança, na criação da Promaica (Promoção da Mulher Angolana na Igreja Católica), entre outras acções.
"Dom Óscar Braga é uma referência incontornável na sociedade angolana pela sua devoção não só como pastor, mas também pelo seu carácter altruísta e de grande cidadão comprometido com os valores da paz, da democracia, da cultura nacional", refere a nota.
A UNITA destaca que as acções de Óscar Braga o tornaram um ícone a ser lembrado por várias gerações de angolanos, dos vários quadrantes do país e sectores da sociedade.
"Foi um verdadeiro pastor. Curvamo-nos diante da sua memória e da sua grandiosa obra", sublinha a UNITA.
O bispo emérito de Benguela morreu, Terça-feira, aos 89 anos, no Hospital Geral de Benguela, onde chegou numa situação extremamente delicada, já em paragem cardiorrespiratória, segundo fontes hospitalares.
Óscar Lino Fernandes Braga nasceu em Malanje, a 30 de Setembro de 1931. Entrou para o seminário já com ensino superior e ordenou-se padre em 1964, tendo sido ordenado bispo dez anos depois, em Malanje.
Em 1975, assumiu a diocese de Benguela até 2008, altura em que foi substituído por Eugénio Dal Corso.
Mais de 300 padres foram ordenados por Óscar Braga e nos seus 33 anos de missão episcopal, saíram três bispos da diocese de Benguela: José Nambi, Mário Lukundi e Emílio Sumbelelo.