Ver Angola

Ambiente

Total vai acrescentar 40.000 barris de petróleo à produção diária angolana

A multinacional francesa Total anunciou que vai avançar com o projecto Zinia 2, uma nova área petrolífera no bloco 17, a 150 quilómetros da costa, com capacidade para acrescentar 40.000 barris de crude à produção nacional diária.

:

Em comunicado enviado à Lusa, a petrolífera explica que o Zinia 2 é "o primeiro de várias" possíveis áreas com reservas petrolíferas nos chamados campos marginais (distantes das principais operações), neste caso do bloco 17.

Este anúncio surgiu precisamente no primeiro dia da visita oficial que o chefe de Estado, João Lourenço, está a realizar a França, e poucos dias depois de ter entrado em vigor legislação que desonera os investimentos privados nestes campos marginais ou satélites.

De acordo com a Total, que opera o bloco 17, o projecto Zinia 2 compreende nove poços em profundidades entre 600 e 1.200 metros, ligados ao FPSO (Floating Production, Storage and Offloading, em inglês) "Pazflor", navio que armazena a produção diária daquele bloco, com um orçamento de 1200 milhões de dólares.

"O Zinia 2 abre um novo capítulo na história do bloco 17. Este projecto permitirá ampliar a rentabilidade desse prolífico bloco, com mais de 2,6 bilhões de barris já produzidos. Graças ao quadro fiscal favorável introduzido pelas autoridades angolanas para o desenvolvimento de campos satélites [ou marginais], outros projectos semelhantes ao Zinia 2 estão actualmente em consideração no bloco 17", disse Arnaud Breuillac, presidente da Total.

O país reduziu para metade as taxas de impostos aplicadas aos campos marginais de petróleo, como parte de uma série de legislação que visa impulsionar o investimento e reverter o declínio da produção no segundo maior produtor de petróleo da África.

Para os campos marginais, que a lei, que entrou em vigor a 18 de Maio, define como uma descoberta com reservas de menos de 300 milhões de barris, o imposto sobre a produção de petróleo foi reduzido para 10 por cento, face aos habituais 20 por cento, enquanto o imposto sobre a renda foi reduzido de 50 por cento para 25 por cento.

A petrolífera francesa Total tem uma participação de 40 por cento no bloco 17, juntamente com a Equinor (23,33 por cento), Exxon Mobil (20 por cento) e BP (16,67 por cento), além da concessionária nacional, a Sonangol.

A Total opera o bloco com quatro FPSO, casos do Girassol, Dália, Pazflor e CLOV, que totalizaram, em 2017, uma produção média diária de 600.000 barris de crude, dos 1,6 milhões produzidos na totalidade por Angola.

Permita anúncios no nosso site

×

Parece que está a utilizar um bloqueador de anúncios
Utilizamos a publicidade para podermos oferecer-lhe notícias diariamente.