Segundo um comunicado divulgado pelo banco, a recapitalização "será realizada exclusivamente com capitais privados, através de novos aportes dos accionistas", medida que "é vista como um sinal de confiança na estratégia traçada pela actual administração".
Este PRR foi uma exigência do Banco Nacional de Angola (BNA) para recuperar os rácios prudenciais da instituição bancária e "colocar o banco na rota de crescimento sustentável" e deve ser concluído num período de três anos.
O plano, desenvolvido pela actual administração do banco, liderada por António André Lopes, Presidente do Conselho de Administração, e por Osvaldo de Lemos Macaia, Presidente da Comissão Executiva, foi aprovado por todos os accionistas, em Assembleia Geral realizada a 24 de Janeiro de 2025.
O banco, onde o Presidente, João Lourenço, chegou a ter uma participação minoritária, tem actualmente como accionistas maioritários a Sansul, uma participada da 'holding' GEFI, ligada ao MPLA, com 51 por cento, e Coutinho Nobre Miguel, membro do comité central do partido, com 12,24 por cento. Fazem também parte da estrutura accionista a Fundação Lwini, o empresário António Mosquito e a ex-primeira-dama Ana Paula dos Santos.
Entre as principais medidas do plano de recapitalização e reestruturação destacam-se o redimensionamento das agências e optimização do quadro de pessoal, com redução de cerca de 30 por cento dos trabalhadores, venda de activos imobiliários não afectos à actividade core, recuperação activa de crédito malparado, dinamização do negócio de seguros e o aumento do capital social, exclusivamente através de novos aportes dos accionistas.
"No global, o PRR visa melhorar a rentabilidade e eficiência operacional, garantir a sustentabilidade do banco a longo prazo e assegurar o cumprimento dos rácios prudenciais exigidos pelo regulador", refere o comunicado.