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Rússia disposta a cortar 14 por cento da produção de petróleo

A Rússia está disposta a cortar 14 por cento da produção de petróleo face aos níveis do primeiro trimestre, ou seja, 1,6 milhões de barris por dia. A informação é avançada por meios de comunicação russos no final da reunião desta Quinta-feira da aliança OPEP+ e outros produtores.

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O grupo de media russo RBK indica na edição digital, citando uma fonte próxima do Ministério da Energia russo, que a Rússia vai negociar uma redução da produção de petróleo na proporção da sua participação na produção total dos países que aceitem estabilizar os preços.

De acordo com este meio de comunicação, a Rússia espera que países que juntos produzem 70 milhões de barris por dia participem no novo acordo para reduzir a produção de petróleo, o que envolveria, além da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e a Rússia, os Estados Unidos, o Brasil, a Noruega, o Canadá, o México e outros.

A disponibilidade da Rússia de reduzir a sua produção de petróleo em 14 por cento em comparação com os 11,3 milhões de barris por dia produzidos durante o primeiro trimestre foi confirmada pela agência oficial russa TASS.

"Sim, estamos prontos para reduzi-lo em 1,6 milhões de barris por dia. Eu confirmo", disse um representante do Ministério da Energia à TASS.

O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, também afirmou esta Quinta-feira: "Todas as avaliações estratégicas agora, antes da teleconferência, são inadequadas, por isso vamos esperar pelos resultados".

Esta semana, duas fontes disseram à TASS que os ministros vão negociar um corte que vigorará a partir de maio e até finais de Julho.

Os mercados estão a antecipar um corte da produção entre 10 e 15 milhões de barris por dia, ou seja, entre 10 e 15 por cento da produção mundial média do ano passado.

Para a reunião "urgente", realizada por videoconferência, a OPEP e os aliados liderados pela Rússia convidaram 10 outros Estados, que incluem, além dos Estados Unidos, o Canadá, o Reino Unido, a Noruega, o Brasil, a Argentina, a Colômbia, o Egipto, a Indonésia, bem como Trinidad e Tobago.

Além da Arábia Saudita, principal produtor do cartel, a OPEP inclui a Venezuela, Guiné Equatorial, Irão, Iraque, Argélia, Angola, Congo, Gabão, Kuwait, Líbia, Emirados Árabes Unidos e Nigéria, países muito dependentes das receitas geradas pelas vendas do 'ouro negro'.

Os aliados habituais da OPEP, que com o cartel formam a OPEP+, liderados pela Rússia, segundo maior produtor do mundo, incluem o Azerbaijão, o México, o Bahrein, o Brunei, Cazaquistão, Malásia, Omã, Sudão e Sudão do Sul.

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