De acordo com um relatório da imobiliária Knight Frank LLP, citado pela agência de informação financeira Bloomberg, os preços mensais em Luanda caíram para uma média de 80 dólares por metro quadrado este ano, quando estavam a 150 dólares em 2015.
As taxas de ocupação caíram 45 por cento para 33 dólares em Abuja e 21 por cento, para 67 dólares em Lagos, segundo a imobiliária, que dá conta ainda de uma descida de 23 por cento nos preços dos escritórios em Joanesburgo.
A capital nacional ainda é a segunda cidade mais cara para os expatriados viverem, a seguir a Hong Kong, segundo um um estudo da consultora Mercer, mas a quebra nos preços das matérias-primas está a afectar uma das economias em mais rápido crescimento, salienta a Knight Frank LLP.
"Houve uma divergência entre as taxas de crescimento dos países importadores de matérias-primas e os países exportadores desde 2015", comentou o director da unidade africana da Knight Frank, Peter Welborn.
"A queda dos preços do petróleo teve um impacto dramático em Angola; Luanda ainda tem das rendas de escritórios mais caras em África, mas a procura basicamente parou", acrescentou o responsável, o que fez com que os investidores que foram para África à procura do mais rápido crescimento populacional e da emergência da classe média estão a ser obrigados a reavaliar o potencial do continente.
