"Vamos esperar que, se tudo correr bem, ainda este ano, o projecto inicie a actividade produtiva, numa primeira fase e, com o tempo, chegar a outras fases pretendidas para esses projectos", referiu o ministro.
O titular da pasta dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás – em declarações à Angop na passada Sexta-feira, no âmbito de uma reunião com a Niobonga, empresa chinesa encarregue da produção – disse ainda que este é um projecto importante, no qual o mineral é classificado como "crítico".
Refira-se que, no passado, já outras datas tinham sido avançadas para o possível arranque da exploração do nióbio. Uma das mais recentes foi em Junho do ano passado, quando autoridades competentes apontaram a exploração deste mineral raro para o primeiro trimestre de 2025.
Antes disso, a empresa chinesa tinha previsto arrancar com a exploração em Abril do ano passado, cujo procedimento se encontrava dependente da finalização do realojamento das famílias que viviam na área e das chuvas.
Neste momento, o abastecimento de energia eléctrica à área é garantido por grupos de geradores a diesel, resultando no consumo de 50.000 litros por dia e, se a situação não for regularizada, ao atingir a etapa de produção/exploração, esse custo poderá chegar a 160.000 litros diários, cujo cenário pode vir a ser mitigado com a ampliação da rede pública à área de exploração, escreve a Angop, que acrescenta que numa fase inicial são precisos 25 megawatts, mas nas etapas seguintes a demanda é de 90.
A fase de prospecção durou dois anos e, em termos de empregos, até ao final de 2023, mais de 800 postos de trabalho, tanto nacionais como estrangeiros, encontravam-se activos, no entanto, o objectivo é alcançar entre 2000 a 5000 trabalhadores na fase de exploração.
Segundo a Angop, o referido projecto encontra-se em implementação numa extensão inicial de 160.000 metros quadrados, com um investimento superior a 20 milhões de dólares.