Segundo o embaixador, a mina, cuja exploração arranca em 2027, promoverá um desenvolvimento económico sustentável para a África Austral e o Reino Unido, gerando mais empregos para os angolanos.
Na ocasião, informou que, durante estes dois anos, vão ser construídas as infra-estruturas, a fim de possibilitar a exploração das 'Terras Raras', que já é um projecto de índole internacional, situado no Longonjo.
O diplomata britânico referiu ainda que o governo do seu país trabalhará na exploração de minerais críticos desta mina, fazer uso do Corredor do Lobito e enviar os minerais para o Reino Unido e outras empresas do mundo que produzem carros eléctricos, num momento em que o financiamento foi colocado à disposição há dois dias, escreve a Angop.
Assim, estas infra-estruturas darão início aos trabalhos de exploração que estão projectados para 2027, com o valor comercial centrado nos metais neodímio e prazeondímio, utilizados para fabricar ímanes extremamente fortes, contribuindo para estimular a transição das energias verdes, fabrico de turbinas eólicas, carros eléctricos, entre outros.
Quanto ao valor do investimento, a Pensana anunciou que o projecto conta com um financiamento na ordem dos 268 milhões de dólares.
Citado na nota, o presidente da Pensana, Paul Atherley, disse estarem "extremamente gratos pelo trabalho realizado pelas equipas da AFC [Africa Finance Corporation] e FSDEA [Fundo Soberano de Angola] em fornecer ao projecto Longonjo os requisitos de financiamento".
Apontou igualmente a criação de empregos com este projecto. "Uma vez em plena produção da segunda fase, o projecto criará cerca de 2400 empregos directos e indirectos e produzirá cerca de 5 por cento das terras raras de metais magnéticos do mundo usadas para diversas aplicações, incluindo turbinas eólicas e veículos eléctricos".
Já o presidente do FSDEA, Armando Manuel apontou a importância do projecto: "O Projecto de Mineração Longonjo tem importância estratégica para o Fundo Soberano de Angola como parte do seu compromisso com o avanço do sector de mineração nacional. Além do seu impacto económico substancial — como criação de empregos e receitas fiscais — o projecto desempenha um papel crucial no estabelecimento em Angola de um segmento-chave da cadeia de valor para uma indústria essencial para a transição energética global".
Já Geraldine Máquina, gerente nacional da Ozango Minerais, responsável pela prospecção da mina, informou que, neste momento, está em andamento a criação de todas as condições técnicas e contratações para começar as obras de suporte e implementação da refinaria, com a qual haverá possibilidade de explorar um elemento rico em terras raras, que poderá ser alvo de exportação.
Em termos de empregos, a responsável, citada pela Angop, diz que se prevê empregar, na etapa de construção, 600 trabalhadores directos e outros 400 para exploração, sem contabilizar os serviços e fornecedores, tendo ainda recordado que, conforme estudos realizados, a mina possui um período de exploração avaliado em 20 anos iniciais.
A responsável informou igualmente que as famílias ao redor da mina vão ser indemnizadas.