João Lourenço, que falava à imprensa após inaugurar uma fábrica de óleos alimentares, em Luanda, assegurou que o seu executivo vai continuar a trabalhar para o surgimento de mais unidades fabris, sobretudo no ramo da agro-indústria.
"O que temos de fazer é continuar a lutar para que mais unidades destas surjam, não apenas no domínio da refinação do óleo, mas, de uma forma geral, na produção e transformação dos produtos do campo em produtos prontos para o consumo", afirmou.
João Lourenço assegurou também que a produção agrícola em Angola está a crescer, salientando que imagens de caravanas de camiões com produtos importados (batata e cebola) de países vizinhos fazem parte do passado.
"Essa imagem deixou de existir, já ninguém vê essas caravanas e, se as vir, são produtos produzidos por nós, produzidos no interior que vêm para os grandes mercados, sobretudo o de Luanda", respondeu aos jornalistas.
O país "está bem [no domínio da produção agrícola], ainda temos muito que fazer, mas estamos bem. Precisamos é aumentar a quantidade do que se produz e melhorar também a qualidade do que se produz", frisou.
"(...) Estamos no caminho certo, no caminho que nos vai conduzir à segurança alimentar, porque hoje não só produzimos, como começamos a transformar os produtos do campo", apontou.
Questionado se o executivo deve continuar a estimular os agentes económicos no escoamento de produtos do campo para a cidade, o chefe de Estado respondeu afirmativamente, ressalvando que o estímulo estatal não se traduz em comprar viaturas para os operadores.
"É preciso deixar claro que estimular não é esperar que seja o executivo a comprar as carrinhas e camiões e entregá-los aos agentes privados. Este investimento não tem de ser público, quem abraçar esse negócio tem de recorrer à banca", observou.