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Cerca de 3000 pacientes renais recebem tratamento no país

José Malanda, presidente do Colégio de Nefrologia da Ordem dos Médicos, avançou que o país tem 3000 pacientes renais a fazerem hemodiálise nos centros destinados para esse efeito, sendo que desse total, 2700 encontram-se já no sistema de diálise regular.

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Refira-se que o número de pacientes em tratamento subiu ligeiramente. Em Outubro do ano passado, a ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, tinha avançado que 2800 pacientes renais estavam a fazer hemodiálise no país, sendo que actualmente esse número passou para os 3000, cuja maior parte está enquadrada na faixa etária entre os 18 e 45 anos.

No entanto, apesar do número de pacientes a receber tratamento, Malanda – em declarações à Angop por ocasião do Dia Mundial do Rim, que se celebra esta Quinta-feira – chamou a atenção para o facto de ser preciso considerar o conjunto de doentes que não concluíram o diagnóstico e não têm conhecimento da patologia.

"O número de pessoas em tratamento parece ser pouco, mas existe um grupo número de pessoas que precisa ser identificado para se tratar", apontou.

Assim, considerou que os cidadãos devem estar informados acerca dos sintomas da doença no sentido de colocar um travão nas grandes complicações que podem mesmo provocar a morte, já que a taxa de mortalidade varia entre 18 e 20 por cento.

"Recebemos muitos casos de pessoas com problemas dos rins, mas quando o diagnóstico é feito adequadamente e antecipadamente o doente tem grandes chances de cura", disse, citado pela Angop, acrescentando que muitos pacientes se encontram registados num "quadro agudo", por terem contraído outras doenças associadas, como por exemplo a malária.

"Diagnosticar e educar mais sobre a doença do rim" é o lema deste ano. Segundo Malanda, a eleição deste lema baseia-se no facto de muitas pessoas ainda desconhecerem esta doença, bem como os riscos que podem originar casos de hemodiálise.

O responsável disse ainda que aproximadamente 70 por cento dos doentes em tratamento descobrem a doença acidentalmente, por exemplo numa consulta de oftalmologia.

Além disso, referiu igualmente que esta doença também afecta crianças, afirmando que aproximadamente cinco por cento dos pacientes com insuficiências renais dizem respeito a crianças. Assim, afirmou que "existem vários sinais e sintomas e os pais devem estar atentos, naqueles casos em que a criança acorda constantemente para urinar e quando o faz criar bastante espuma", entre outros sintomas, afirmando que se suspeitarem de alguma coisa para irem até uma unidade sanitária, escreve a Angop.

Consumo de álcool em excesso, historial de doenças cardiovasculares, diabetes, hipertensão, obesidade, entre outras, são algumas das causas que podem vir a provocar problemas nos rins.

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