Condenando os recentes crimes ambientais que aconteceram no município do Lobito, levados a cabo por jovens, recorrendo a redes mosquiteiras para pescar peixes pequenos e outras substâncias das aves migratórias, Renée reiterou a necessidade de se "educar e sensibilizar a população".
"É preciso continuar a educar e sensibilizar a população, incluindo os nossos gestores públicos, porque muitas vezes nos deparamos com a cedência de terrenos nesses ecossistemas", realçou, citada pela Angop.
A especialista disse que as sanções aplicadas aos infractores são leves, reconhecendo que, o governo tem vindo a "apertar" um bocado mais.
Fernanda Renée vê isso como um "sinal" de que o Executivo se encontra "sensibilizado com a importância do ambiente".
"É sinal de que o Governo está sensibilizado com a importância do ambiente, por isso, devemos incentivar e pressionar mais para que os destruidores do ambiente sejam responsabilizados", apontou, citada pela Angop.
A responsável – falando esta Quinta-feira, onde participou numa visita guiada, ao lado de Ana Paula de Carvalho, ministra do Ambiente – aproveitou também para recordar que os mangais desempenham o papel de berçário das espécies marinhas, protegem a orla marítima da erosão e inundações, etc.
Já Miguel Xavier, director do Instituto Nacional de Biodiversidade e Conservação, disse que a entidade lida mais com os crimes ligados à fauna e flora, acrescentando que "a nível de todas as áreas do ambiente existem leis que criam mecanismos para condenar os que degradam o meio, no caso da caça furtiva, ou destroem o ecossistema".
Entre outros aspectos, referiu que, para o presente ano, o Ministério do Ambiente possui um programa referente com a preservação dos mangais no país, cujo objectivo passa pela recuperação das áreas em estado de degradação.
"No caso do Lobito, é preciso requalificar para reestruturar a população existente e no Soyo, que já tem uma população saudável, há um projecto de criação de uma nova área de conservação", indicou o responsável, citado pela Angop.
Segundo uma nota da Otchiva, a que o VerAngola teve acesso, na Quinta-feira, a ministra do Ambiente foi até às zonas húmidas do Lobito para observação dos flamingos, cuja visita se concretizou no âmbito do Conselho Consultivo do Ministério, em curso em Benguela.