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“Angola começou a trilhar passos importantes no marco das finanças sustentáveis”, diz secretária de Estado para o Orçamento

A Secretária de Estado para o Orçamento e Investimento Público (SEOIP), Juciene Cristiano de Sousa, disse esta Quinta-feira que Angola começou a trilhar passos importantes no marco das finanças sustentáveis, com a discussão e aprovação pelo Executivo do documento que alinha a estratégia de endividamento com as políticas sociais e ambientais do país.

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A responsável fez referência ao Quadro Operacional para o Financiamento Sustentável (QOFS), que estabelece a forma de canalização dos recursos mobilizados para os projectos de impacto social e ambiental, seguindo os compromissos do alcance das metas de desenvolvimento sustentável.

Enquanto discursava na abertura da Angola Banking Conference, realizada este ano sob o tema "A Banca e os Desafios ESG", a Judiene de Sousa avançou ainda que o QOFS visa, essencialmente, assegurar que os fundos a serem mobilizados por Angola via instrumentos de financiamento sustentável sejam efectivamente canalizados para projectos e despesas elegíveis, permitindo assim o alcance e o acompanhamento dos compromissos assumidos pelo Estado.

No evento, realizado pela Revista Economia e Mercado em parceria com a Consultora PwC, a SEOIP asseverou que os bancos desempenham um papel crucial na preocupação por um mundo mais sustentável, pelo seu impacto na economia.

Mas, sublinhou, os critérios ESG não podem ser apenas uma questão de reputação ou de cumprimento das normas. Requerem dos bancos que tenham capacidade humana e tecnológica para desenvolverem soluções financeiras inovadoras que promovam a sustentabilidade.

"Por exemplo, os bancos podem oferecer soluções financeiras que incentivem a adopção de práticas sustentáveis pelas empresas, como empréstimos com juros mais baixos para projectos de energia renovável, ou incentivar a emissão de títulos verdes e/ou azuis capazes de financiar projectos com eficiência energética e ambiental", sugeriu a Secretária de Estado, citada por uma nota do Ministério das Finanças a que o VerAngola teve acesso.

A Angola Banking Conference é realizada com o objectivo de analisar como a banca angolana pode criar atalhos e agilizar a implementação dos princípios Environmental, Social and Governance (ESG), traçar as metas da banca nacional no que toca ao compromisso de assegurar a rentabilidade dos negócios, e avaliar estratégias que visam o financiamento de projectos que garantam menos externalidades negativas ao ambiente e à sociedade em geral, ao mesmo tempo que elevam os padrões de governança.

Participaram no fórum executivos e personalidades da Banca de Angola e de Portugal, com destaque para Inokcelina Santos, administrador do BAI, Sandro Africano, vice-CEO do BNI, João Pires, PCE do Caixa Angola, Miguel e Raposo Alves, Miguel Passanha, Chief Risk Officer (CRO) do Millennium BCP e Nuno Cordeoiro, responsável por FS Risk e Regulation Advisory.

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