Num comunicado enviado à agência Lusa, a Biocom refere que este primeiro carregamento se deve à assinatura de um contrato entre a empresa e uma das principais produtoras europeias de etanol de alta qualidade, especialmente utilizado para fins industriais e igualmente produtora de biocombustível.
A Biocom, que junta em Malanje os brasileiros da Odebrecht e a petrolífera Sonangol, possui actualmente uma área plantada de 24.090 hectares de cana de açúcar. Produziu, no ano agrícola de 2018, 73 mil toneladas de açúcar e 17 mil metros cúbicos de etanol.
Para o director-geral da Biocom, Luís Gordilho, citado no comunicado, a exportação de etanol significa que a empresa está alinhada com as políticas do Governo para a substituição das importações, diversificação da economia, melhoria do ambiente de negócios, produção nacional de bens de primeira necessidade e aumento das exportações.
"Esta é a primeira vez que Angola exportará etanol. Estamos muito satisfeitos pela Biocom ter alcançado este feito e esperamos ser a primeira de muitas outras exportações que o país irá realizar", destacou o director-geral adjunto da Biocom, Luís Bagorro Júnior, também citado no documento.
A nota destaca que, com um efectivo de 2500 trabalhadores – 97 por cento nacionais e três por cento expatriados -, a Biocom, instalada no Polo Agroindustrial de Capanda, é a maior empresa privada do país do sector não petrolífero.
Instalada no município de Cacuso, a 75 quilómetros da cidade de Malanje, a Biocom é um dos maiores projectos agroindustriais nacionais, liderada pelo grupo brasileiro Odebrecht, que detém 40 por cento do capital da sociedade, na mesma percentagem do grupo Cochan e ainda com a petrolífera estatal Sonangol (20 por cento).
Além do açúcar e do etanol, a Biocom gera electricidade que vende à rede pública.
