Sebastião Gaspar Martins falava dos resultados alcançados pela empresa em 2024, durante uma cerimónia no âmbito do 49.º aniversário que a Sonangol completa esta Terça-feira.
"(Temos indicações) que é para permanecer", acompanhando o que é decidido em termos da estratégica da empresa, "mas (essas participações) têm dado resultados positivos, não temos dúvidas", referiu o presidente da petrolífera nacional, lembrando que o BCP tem distribuído dividendos, tal como a Galp.
"Para nós continua a ser um activo a manter, não vemos razão pela qual sair", disse Sebastião Martins, referindo-se a "momentos difíceis" vividos "no caso particular do BCP", cujas acções chegaram a um valor mínimo de pouco cêntimos "próximo de zero", mas têm estado a valorizar chegando hoje a 0,57 cêntimos de euro.
"Nenhuma empresa que queira ter alguma receita se dá ao luxo de se desfazer desse activo, portanto, ainda continua estratégico", frisou Sebastião Gaspar Martins.
A Sonangol detém uma participação indirecta na petrolífera portuguesa através da Amorim Energia, que controla 36,7 por cento do capital da Galp, e é o segundo maior accionista do BCP, com uma participação de 19,49 por cento.
Relativamente ao anúncio feito esta Terça-feira pela Galp de mais uma descoberta de petróleo na vizinha República da Namíbia, Sebastião Martins referiu que a Sonangol tem acompanhado o que está a ser feito, o que "tem servido para valorizar mais a Galp".
"E se houver necessidades de investimento ela (a Galp) vai aproximar-se aos accionistas para ver que tipo de necessidades terá", salientou.
Por sua vez, o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, disse que há investimento no 'upstream' de Angola e espera que as descobertas na Namíbia "algumas resultem em projectos".
"Estou contente que isso aconteça, que algumas delas resultem em projectos, porque sabem que nem tudo vai resultar em projectos, portanto, não vamos ser tão eufóricos também, vamos pedir que aconteça algum sucesso como é usual nesta indústria para que os nossos irmãos da Namíbia beneficiem também disso e nós também possamos beneficiar", sublinhou.
Diamantino Azevedo disse que Angola tem estado a trabalhar com a Namíbia para que a experiência angolana seja levada ao país vizinho, "mas em termos económicos" para o bem do país.
"O êxito deles será bom para nós também, mas aqui no nosso país também tem havido investimentos", reforçou.