A informação foi avançada, esta Segunda-feira, pelo ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Mário Oliveira, em declarações à imprensa no fim de uma audiência com responsáveis da União Africana para a Área Espacial, Ouattara Tidiane, e da Space in Africa, Temidamo Oniosun, que estão no país no sentido de verificarem as condições que se encontram a ser criadas para a concretização do certame em Angola.
De acordo com o ministro, a reunião serviu igualmente para abordar a "cimeira com a União Africana na perspectiva de que esta indústria contribua para o alcance dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável e do Programa da UA", refere um comunicado do Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, a que o VerAngola teve acesso.
Para o titular da pasta das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, "com isso, o continente poderá contribuir para o progresso do país, permitirá a juventude angolana dar um contributo maior à economia através do uso da tecnologia espacial, de modo que a ciência em África se desenvolva, beneficiando toda a população".
Mário Oliveira assegurou igualmente que, na capital, os responsáveis da UA e da Space in Africa partilharão experiências com especialistas nos ramos da indústria espacial e satélite, visando mostrar "ao mundo o programa espacial angolano e o que têm feito neste sentido".
Já Ouattara Tidiane, chefe do Departamento da Divisão de Ciência, Tecnologia e Espaço da União Africana, disse que o certame "constitui uma oportunidade para Angola" fazer uma apresentação das suas potencialidades no que diz respeito a "quadros e profissionais do ramo espacial e os seus jovens com domínio da tecnologia".
Além disso, também se manifestou satisfeito com o grau de preparação do país para a concretização da conferência, realçando ainda o "apoio incondicional" do Presidente da República, João Lourenço.
Por sua vez, Temidamo Oniosun, director da Space in Africa, fez saber que o certame acerca da indústria espacial tem gerado aproximadamente 20 milhões de dólares em cada edição.
Referiu igualmente que o objectivo do certame passa, entre outros, por "estudar como podem ser usados os recursos da indústria espacial, para reduzir a pobreza" no continente africano.
"O objectivo do evento, além de outros, é estudar como podem ser usados os recursos da indústria espacial, para reduzir a pobreza em África, e espera-se por cerca de 500 delegados de diferentes países do continente, entre os quais Estados Unidos da América, China, Japão, assim como da Comissão da União Europeia", afirmou, citado no comunicado.
Refira-se que a edição deste ano da conferência decorrerá subordinada ao lema "O Papel do Espaço na Diminuição da Pobreza em África".
