Se por um lado, os reflexos de países em desenvolvimento mostram que a dependência excessiva de fontes de energia externas pode levar a instabilidades políticas e fatais, bem como aumentar a vulnerabilidade do país a flutuações no mercado global de energia. Adicionalmente, a exploração intensiva de recursos naturais pode levar a danos ambientais irreparáveis e prejudicar a qualidade de vida das comunidades locais.
Por outro lado, estes mesmos reflexos quando analisados em países bem-sucedidos, mostram que a independência energética permite ao país ter maior controlo sobre a sua produção e consumo de energia, aumentando a sua segurança energética e a sua capacidade de investir em tecnologias renováveis e sustentáveis. Isso, por sua vez, pode levar a um desenvolvimento económico mais diversificado e uma melhoria na qualidade de vida da população.
Dos vários caminhos que possam viabilizar o alcance da independência energética de angola, conforme visto por ALER (2022), três se destacam com maior predomínio: Investimento em fontes renováveis de energia, Eficiência energética e Parcerias público-privadas.
1. Investimento em fontes renováveis de energia
Um dos caminhos para a independência energética é o investimento em fontes renováveis de energia, como eólica, solar e hidroeléctrica. Essas fontes de energia são abundantes, limpas e renováveis, e podem ser usadas para complementar a produção de energia a partir de fontes fósseis.
O investimento em fontes de energia renováveis também pode levar ao desenvolvimento de novas indústrias e empregos, confiante para a diversificação da economia angolana. Além disso, a produção de energia
renovável pode ser realizada em pequena escala, o que permite a participação da população local e o fortalecimento das comunidades rurais.
2. Eficiência energética
Outro caminho para alcançar a independência energética é a implementação de medidas de eficiência energética em todos os sectores da economia.
A eficiência energética em termos simples, é o quanto eficientemente a energia é usada em uma tarefa ou processo. Em outras palavras, é a relação entre a quantidade de energia necessária para realizar uma tarefa e a
quantidade de energia efectivamente utilizada. Isso inclui a optimização do uso de energia em edifícios, motores e veículos, bem como a substituição de equipamentos antigos por modelos mais eficientes.
A eficiência energética pode levar a uma redução significativa no consumo de energia, aumentando a segurança energética e a sustentabilidade do país. Além disso, a implementação de medidas de eficiência energética
pode levar a uma economia económica para o sector empresarial e para o governo, o que pode ser reinvestido em outros sectores da economia.
3. Parcerias público-privadas
As parcerias público-privadas (PPPs) também podem ser uma importante fonte de investimento para a independência energética de Angola.
Essas parcerias permitem ao governo angolano se unir a empresas privadas para desenvolver projectos de energia renovável e eficiência energética, compartilhando os custos e os benefícios do projecto.
Além disso, estas podem levar à transferência de conhecimento e tecnologia para o país, aumentando sua capacidade de produzir e administrar sua própria energia de forma eficiente e sustentável.
Conclusão
Isto posto, a independência energética é fundamental para o futuro de Angola. Investir em fontes renováveis de energia, implementar medidas de eficiência energética e estabelecer parcerias público-privadas são caminhos importantes para alcançar esse objectivo.
Além disso, é importante lembrar que a independência energética não é apenas uma questão de produção e consumo de energia, mas também uma questão de desenvolvimento económico e social. A transição para uma economia mais diversificada e sustentável pode levar a uma melhoria na qualidade de vida da população e um futuro mais brilhante para Angola.
Referência
http://www.mme.gov.br/eficiencia-energetica
https://www.aler-renovaveis.org/contents/activitiesdocuments/aler-relatorio-angola_9528.pdf
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