A iniciativa “inscreve-se na estratégia europeia de apoio à diversificação económica inclusiva e sustentável, com forte incidência na criação de emprego para jovens, na promoção do investimento privado e no fortalecimento da governação local”, segundo um comunicado da UE.
O Corredor de Lobito, caminho-de-ferro que atravessa Angola desde o Porto do Lobito até à República Democrática do Congo, é um “projecto de referência da estratégia Global Gateway da União Europeia”, que representa o compromisso da UE em reduzir os défices de investimento a nível mundial e promover ligações sustentáveis nos sectores da energia, dos transportes e no digital.
Durante a visita, os diplomatas europeus participarão numa viagem de comboio entre o Huambo e o Bié, simbolizando o eixo central deste corredor ferroviário estratégico para Angola, União Europeia e Estados Unidos.
No percurso, os embaixadores visitarão projectos apoiados pela UE, nas áreas de protecção infantil e comercialização agrícola, vão manter encontros com os governadores e governos provinciais das duas províncias, bem como sessões de auscultação com representantes da sociedade civil, do sector privado e das universidades
Fazem ainda parte da visita projectos financiados por Estados-Membros da UE, entre os quais o Centro de Bioveterinária e Produção de Vacinas (uma parceria Alemanha-Portugal), a Universidade Internacional do Kwanza (apoiada por Espanha) e a iniciativa de empreendedorismo Orange Corners, promovida pelos Países Baixos.
"A visita visa consolidar o diálogo com as autoridades locais e outros atores do desenvolvimento, promovendo uma abordagem colaborativa e alinhada com as prioridades nacionais e locais", destaca a delegação da UE em Angola, sublinhando o papel estruturante do Corredor do Lobito como projeto âncora da sua presença no país.
O Corredor do Lobito é uma das apostas mais visíveis da Global Gateway, iniciativa com a qual a UE pretende contrabalançar a crescente influência de outras potências globais através de investimentos em infraestruturas sustentáveis, direccionados para os setores da energia, transportes e digital.
Esta rota ferroviária é encarada como a alternativa mais viável e segura para o escoamento de recursos minerais e agrícolas da África Austral.