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Nástio Mosquito apresenta projecto na Tate Modern na Sexta-feira

O artista angolano Nástio Mosquito apresenta, na Sexta-feira, na Tate Modern, em Londres, o projecto “No.One.Gives.A.Mosquito’s.Ass.About.Trabalho.De.Preto”, que “explora o potencial político dos sonhos e pontos de vista”.

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Segundo informação disponível no site oficial da Tate Modern, o projecto de Nástio Mosquito, "que assume uma forma diferente de cada vez que é apresentado", será mostrado às 19h00 na sala Starr Cinema.

"No.One.Gives.A.Mosquito's.Ass.About.Trabalho.De.Preto", o projecto mais recente do artista pluridisciplinar, 'performer' e músico angolano, "explora o potencial político dos sonhos e pontos de vista". "Questiona 'quem ou o quê tem poder sobre nós?' e 'quem ou o quê é realmente importante para nós'", lê-se no site.

Para a Tate Modern, Nástio Mosquito programou "uma noite que se desenrola em três actos distintos". "Com recurso a voz, som, vídeo e performance, oferece às audiências a oportunidade de descobrir os impulsos-chave do artista e uma abordagem multimédia de formas inesperadas", explica a instituição.

Em Lisboa, no Hangar – Centro de Investigação Artística, é possível visitar até Sábado o "No.One.Gives.A.Mosquito's.Ass.About.Trabalho.De.Preto" no formato exposição expandida.

O título surge como uma provocação e pretende confrontar o público "com as conotações negativas da expressão 'trabalho de preto' - racista, esclavagista, estereótipo étnico depreciativo, entre outras -, e, paralelamente, agencia-a [como] factor de unificação".

Porque, como expõe Nástio Mosquito, o desafio é "falar com todos os pretos loiros, pretos morenos, pretos acromáticos, pretos das redes sociais, pretos com suposta representatividade, pretos que todos os dias acordam com a vontade interior de serem resoluções de problemas...".

O projecto prossegue o "No.One.Gives.A.Mosquito's.Ass.About.Us", o universo de trabalho que o artista estreou em Maio do ano passado, com uma série de performances ao vivo, e que foi apresentado no âmbito do programa de abertura oficial da 58.ª Bienal de Arte de Veneza, nessa altura com a derivação "No.One.Gives.A.Mosquito's.Ass.About.Our.Performance".

Nascido em 1981, no Huambo, Nástio Mosquito saiu de Angola ainda jovem para estudar em Coimbra, e depois rumou a Lisboa, onde desenvolveu o seu trabalho musical durante dois anos no Hot Club. Já adulto seguiu para Londres, onde estudou produção em media, tendo regressado depois ao seu país de origem.

O seu trabalho tem passado pelo vídeo, fotografia, instalações, palavra, performance e música, com álbuns editados como "Why Do You Care" (2012) e "Se Eu Fosse Angolano" (2013).

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