Em causa está a Linha de Crédito da China (LCC) a Angola, que globalmente vai financiar 155 projectos com 5,2 mil milhões de dólares, a executar por empresas chinesas, em vários sectores.
Cerca de sete milhões de estudantes regressaram às aulas para o ano lectivo de 2016, mas milhares continuam fora do sistema de ensino ou têm de percorrer vários quilómetros a pé até à escola mais próxima.
Para "solidificar a formação de base e qualidade do ensino", o Governo angolano decidiu inscrever a construção de 35 escolas primárias, cada uma com 12 salas de aula e capacidade para 45 alunos, conforme indica o plano operacional da LCC. "Em áreas com elevada necessidade daquelas infra-estruturas escolares", lê-se no documento, consultado pela Lusa.
Estas escolas serão construídas no prazo de 12 meses nas províncias de Luanda (uma), Lunda Norte (três), Lunda Sul (três), Moxico (três), Bengo (três), Bié (quatro), Cuando Cubango (três), Cuanza Sul (três), Huambo (três), Namibe (três), Uíge (quatro) e Zaire (três).
Financiado pela linha concedida pela China ao Estado Angolano, este plano de investimento prevê igualmente a construção de dez institutos médios politécnicos, para "promover o ensino profissional dirigido".
Obedecendo neste caso "ao princípio de que existirão escolas primárias em cada província onde for indicado a construção de um instituto médio politécnico", lê-se no mesmo documento.
Serão construídos em 15 meses os institutos médios politécnicos 17 de Dezembro (Luanda), do Calai (Cuando Cubango), do Chitembo (Bié), do Cuilo (Lunda Norte), do Ebo (Cuanza Sul), do Ecunha (Huambo), de Icolo e Bengo (Bengo), de Maquela do Zombo (Uíge), do Soyo (Zaire) e do Tombwa (Namibe).
Acresce a construção de nove escolas de formação de professores, a distribuir por Saurimo (Lunda Sul), Caculama (Malange), Lucapa (Lunda Norte), Menongue e Nancova (Cuando Cubango), Quiçama (Luanda), Moxico e Uíge.