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Apoio da União Europeia no combate à seca ultrapassa os cinco milhões em três anos

O embaixador da União Europeia (UE) em Luanda considerou "alarmante" a seca no sul do país, justificando assim o apoio comunitário de "emergência", de 1,4 milhões de dólares, que se soma a mais de quatro milhões de dólares atribuídos anteriormente.

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A posição foi assumida por Gordon Kricke no anúncio oficial, em Luanda, da atribuição deste apoio financeiro, através da Direcção-Geral Ajuda Humanitária e Protecção Civil (ECHO) da UE, "para combater a fome e a malnutrição das comunidades mais vulneráveis, especialmente das crianças e as mães, causadas pela seca que padece o sul do país".

"Esta intervenção de emergência responde a uma necessidade imediata. É urgente apoiar as populações mais vulneráveis que, por causa de quatro anos consecutivos de seca e os efeitos prolongados do 'El Nino', carecem dos próprios meios de subsistência e não podem assim fazer frente a uma situação de carência alimentar", afirmou o embaixador.

Em causa está a situação de insegurança alimentar que enfrenta o sul de Angola, devido à falta de chuvas, particularmente as províncias do Cunene e da Huíla. O apoio de 1,3 milhões de euros servirá para apoiar mais de 190.000 pessoas, sobretudo crianças e mães, de comunidades afectadas pela seca naquelas duas províncias.

"O apoio da UE é em resposta a uma petição do Governo de Angola a fim de combater os efeitos mais negativos da seca e a situação de fome que vive a população. Esta é a segunda intervenção de emergência financiada por ECHO a fim de fazer frente a uma situação de insegurança alimentar no sul do país. A primeira vez, em 2013, a UE financiou com quatro milhões de euros uma intervenção similar", recordou Gordon Kricke.

O programa de apoio financiado pela UE prevê a aquisição e distribuição de alimentos terapêuticos e suplementares para os centros de nutrição, para além de sessões de formação para o pessoal dos centros sobre identificação e tratamento de crianças com malnutrição. Será aplicado pela organização não-governamental Visão Mundial em conjunto com o departamento nacional de nutrição do Ministério da Saúde de Angola, para reduzir a mortalidade e morbilidade infantil causada pela desnutrição.

"Estamos frente a uma situação alarmante, a qual se torna especialmente preocupante no caso das crianças. É globalmente reconhecido que a malnutrição é responsável de aproximadamente a metade das mortes de crianças menores de cinco anos no mundo", enfatizou Gordon Kricke.

A intervenção vai também permitir um aumento da capacidade de resistência das populações rurais, bem como do seu conhecimento das melhores práticas para a prevenção e tratamento da desnutrição infantil no futuro.

Essa intervenção de emergência, adianta ainda a nota, vai ser complementada com atividades de desenvolvimento previstas no 11.º Fundo Europeu de Desenvolvimento, o maior instrumento de cooperação e financiamento da União Europeia em Angola, que se prolonga até 2020.

Com um financiamento total de 195 milhões de euros para intervenções nos setores da agricultura, água e saneamento e educação superior, a União Europeia pretende apoiar o Governo angolano no reforço da segurança alimentar e nutricional em Angola, dentro da sua estratégia global para acabar com a desnutrição infantil crónica mundial.

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