"Nesta Quarta-feira, o Centro de Ciência de Luanda (CCL) abriu as portas ao público em geral, após regime de funcionamento experimental", desde Janeiro de 2024, segundo refere um comunicado remetido ao VerAngola.
"A nova etapa desta instituição afecta ao Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, constitui um marco importante para a massificação do conhecimento científico no país, e para a implementação da Política Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação", lê-se na nota.
O dia de abertura oficial do CCL foi marcado pela visita de várias escolas e personalidades. "Num ambiente repleto de curiosidades e aprendizagem, foram várias as escolas e personalidades da ciência, educação e tecnologia que visitaram o CCL no dia da sua abertura oficial", refere o comunicado, acrescentando que "os visitantes participaram em actividades interactivas, desenhadas para impulsionar a imaginação, a criatividade e o gosto pela ciência".
Quanto à abertura deste espaço ao público, o director-geral do CCL, Diogo Morais, considerou ser um passo essencial na "missão de tornar o CCL numa instituição inclusiva, inspiradora e inovadora, de referência incontornável na produção e divulgação do conhecimento científico e tecnológico, através de uma linguagem acessível".
"Desta forma, o CCL contribuirá para a valorização da ciência na sociedade angolana e afirmar-se-á como uma instituição destacada entre os centros de ciência do mundo", acrescentou.
Por sua vez, João Bengue, representante do Complexo Escolar Eupátridas, um dos diversos estabelecimentos de ensino que visitaram o CCL no ano passado, realçou a "relevância do espaço na divulgação e promoção de disciplinas científicas".
O responsável considerou que "as crianças precisam de ser incentivadas desde cedo para a ciência, e este espaço cumpre esta função, ao transmitir conhecimentos científicos de forma divertida e lúdica, mas assertiva e rigorosa".
De referir que o centro começou a funcionar em Janeiro de 2024 em regime experimental, "com visitas pré-agendadas de 400 instituições de ensino, iniciativas no âmbito da responsabilidade social e actividades específicas para o público em geral", tendo, no total, recebido "neste período cerca de 22 mil visitantes".
Além disso, o CCL também foi visitado por representantes de instituições governamentais,académicas e científicas, bem como de figuras internacionais como por exemplo o secretário de Estado dos Estados Unidos da América, Antony Blinken.
"Entre as diversas actividades com lotação limitada abertas ao público em geral, encontram-se as iniciativas 'Estórias no Imbondeiro', evento mensal dedicado à difusão da tradição oral angolana; 'Luanda ao Luar', actividade orientada para o conhecimento sobre astronomia; ou 'Conversas com Ciência', ciclo de conferências ministradas por personalidades reconhecidas da ciência angolana, e orientadas sobretudo para estudantes, educadores e animadores científicos do CCL", aponta o comunicado.
Além disso, o centro também sediou alguns eventos, como por exemplo o Dia Internacional de Mulheres e Meninas na Ciência, em Fevereiro de 2024, e o III Encontro de Jovens Investigadores da CPLP sobre África, em Março do ano passado.
O centro conta com sete exposições permanentes "que ocupam uma área de seis mil metros quadrados", nomeadamente 'Fábrica Infinita', 'MIM', 'UAU', 'ETU', 'DOING', 'POP' e 'Fábrica de Sabão'.
Além disso, adianta a nota, o CCL é "também um espaço que permite uma série de 'experiências' únicas", como por exemplo planetário, borboletário, laboratório, cozinha, módulos exteriores, mediateca, sala multiusos e auditórios.
Além das exposições permanentes, também se encontra patente a exposição 'Dinossauros', sendo que o centro conta ainda na sua programação com palestras e conferências de especialistas angolanos e internacionais
Localizado no edifício da antiga Fábrica de Sabão, o CCL encontra-se aberto de Terça-feira a Domingo, entre as 09h00 e as 17h00. As visitas são pagas, com os bilhetes a variarem entre 650 e 3600 kwanzas. No entanto, a entrada é gratuita para crianças até aos cinco anos, pessoas vulneráveis devidamente comprovadas, idosos e reformados com mais de 60 anos, professores e investigadores científicos que estejam a exercer funções e estabelecimentos de ensino públicos.
