Aproximadamente 120 empresas de Angola e de França encontram-se reunidas neste fórum, com o intuito de "explorar possibilidades de negócios, parcerias e outros engajamentos".
Segundo a Angop, participam empresários de diversos sectores, com ênfase para a banca, agricultura, agro-indústria, entre outros.
Realizado no âmbito da visita de João Lourenço ao país europeu, o fórum é uma iniciativa conjunta da Agência de Investimento Privado e Promoção das Exportações (AIPEX) e do Movimento das Empresas de França.
O chefe de Estado aterrou em França na Quarta-feira, tendo dado início à visita de Estado de dois dias na Quinta-feira.
O primeiro dia da visita foi marcado por um encontro entre João Lourenço e seu homólogo francês, Emmanuel Macron, bem como um encontro com a presidente do parlamento francês, Yael Braun-Pivet.
Outro ponto alto do dia de Quinta-feira foi o jantar de Estado, decorrido no Palácio do Eliseu. "Foi ao ritmo de kizomba, C4 Pedro e Bonga, entre outros nomes de proa da arte musical como Charles Aznavour e Edit Piaf, que se serviu o jantar de Estado oferecido pelo casal Emmanuel e Brigitte Macron, Presidente da República Francesa e primeira-dama, em honra do Presidente João Lourenço e da primeira-dama de Angola, Ana Dias Lourenço, em visita à França", lê-se numa nota do CIPRA, a que o VerAngola teve acesso.
O jantar foi marcado por discursos dos dois Presidentes. Na ocasião, João Lourenço disse ver "com bons olhos" a criação de uma Câmara de Comércio e Indústria Angola-França.
"(...) Angola veria com bons olhos a iniciativa da criação de uma Câmara de Comércio e Indústria Angola-França, para que esta plataforma sirva como base de facilitação de negócios e de contactos entre os empresários angolanos e franceses", disse, durante o jantar.
No seu discurso, divulgado pelo CIPRA e a que o VerAngola teve acesso, o Presidente da República destacou "o facto de o ambiente de negócios na República de Angola ser bastante favorável ao investimento privado estrangeiro em todos os domínios da economia nacional", tendo desafiado os empresários franceses a olharem para o mercado angolano.
"Tendo em conta o enorme potencial que existe no meu país, nas áreas da agricultura, da energia e águas, da prospecção e exploração de recursos minerais, da indústria de um modo geral, da indústria agro-alimentar e outras, gostaria de lançar aos empresários da República Francesa o desafio de olharem para o mercado angolano e avaliarem as possibilidades que oferece para realizarem negócios com bons resultados", apontou.
Na sua intervenção, João Lourenço falou também sobre as relações entre Angola e França, lembrando que esta é a segunda visita de Estado que faz à França, "que ocorre cerca de dois anos após a visita" que Macron realizou a Angola, "reflectindo a importância mútua" que atribuem à relação entre os dois países.
O dia de Quinta-feira, adiantou, permitiu fazerem "um balanço exaustivo e amplamente positivo" da cooperação bilateral, acrescentando: "Alinhámos as nossas visões relativamente aos projectos prioritários em curso e traçámos metas para o incremento das parcerias já existentes, de modo a torná-las cada vez mais benéficas, correspondendo assim ao real potencial das duas partes e aos seus respectivos interesses".
Além da cooperação Angola-França, o discurso de João Lourenço também abordou os "problemas que perturbam actualmente a paz e a segurança em vários pontos" do mundo.
