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Dia da Paz e Reconciliação em África: João Lourenço defende “uma cultura de paz”

Uma cultura de paz em África e uma diplomacia preventiva foram defendidas pelo Presidente da República, João Lourenço, na mensagem que dirigiu ao continente africano, no âmbito da celebração do Dia da Paz e Reconciliação em África, assinalado esta Quarta-feira, 31 de Janeiro.

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"Realço, nesta data, a grande importância que deve passar a assumir para todos os africanos e principalmente para os jovens as iniciativas que levem à construção de uma cultura de paz e se inclinem para a diplomacia preventiva como vectores insubstituíveis de prevenção de conflitos no nosso continente", afirmou.

Segundo chefe de Estado, é "dentro deste espírito" que Angola "procura dar a sua melhor contribuição para a construção de uma cultura de paz, albergando, a cada dois anos, o Fórum Pan-Africano para Cultura de Paz e Não-Violência, 'Bienal de Luanda', no âmbito de uma parceria estabelecida entre o Governo angolano, a União Africana e a UNESCO", relembrando ainda que "em finais do ano transacto" se concretizou em Luanda a 3.ª edição do referido fórum.

Relativamente ao dia assinalado esta Quarta-feira, o chefe de Estado disse tratar-se de "uma data de grande relevância" que "impele a fazer uma reflexão sobre o percurso feito até aqui e sobre o caminho que resta percorrer na busca da realização dos grandes objectivos da paz, da estabilidade e da reconciliação" em África.

Na sua mensagem, João Lourenço recordou que em Maio de 2022, em Malabo, foi designado, pela União Africana, Campeão da União Africana para a Paz e Reconciliação em África, tendo a partir daí passado a dedicar-se "com maior empenho na resolução do conflito que se desenrola no leste da RDC, bem como contribuir na normalização das relações político-diplomáticas entre a República Democrática do Congo e a República do Ruanda".

Assim, acrescentou que, "no exercício destas responsabilidades", se tem "empenhado na busca de soluções pacíficas para os diferentes conflitos que perduram em várias regiões do continente, encorajando permanentemente o diálogo e promovendo a consulta política como via para o reforço da confiança e para a construção de entendimentos entre as partes desavindas".

Considerou ainda não terem "outras opções que não sejam a da identificação da paz, da segurança e da estabilidade", no sentido de cuidarem da tarefa que "consiste na criação de condições humanas e materiais, com o objectivo de promover o desenvolvimento económico e a melhoria das condições de vida das nossas populações".

O Presidente da República disse ainda ser com "profunda preocupação" que vêm a constatar que existem "um número crescente de focos de tensão e conflitos intensos" em África, tais como a guerra no Sudão e os golpes de Estado na África Ocidental e Central, "os quais têm dilacerado vidas humanas e provocado a destruição da estrutura social e material das sociedades e das famílias, onde ocorrem essas disputas, e criado instabilidade nos países limítrofes e no continente em geral".

Assim, acrescentou: "Os governos, partidos políticos, organizações da sociedade civil e os cidadãos africanos no geral, somos todos chamados a contribuir para a harmonia, compreensão e sã convivência entre os povos e nações, tendo como meta a construção de uma África unida, em paz e dedicada ao progresso e ao desenvolvimento".

Entre outros aspectos, manifestou ainda a sua "confiança num futuro promissor, de pleno resgate da dignidade dos povos de África, de prosperidade e de progresso".

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