O sítio Ramsar proposto, denominado por Lisima Lya Mwono (Fonte da Vida), cobre uma área de aproximadamente 53.000 quilómetros quadrados na província do Moxico, sustenta a vida de várias espécies importantes de fauna e flora e desempenha um papel importante no fornecimento de água para mais de um milhão de pessoas, segundo um comunicado da National Geographic Society.
A National Geographic desenvolve desde 2015 um projecto de vida selvagem no Okavango (Cubango, em Angola) um rio africano que tem um dos maiores deltas interiores do mundo, cuja bacia hidrográfica abrange Angola, Namíbia e Botsuana.
Na Torre de Água Lisima foram registadas 92 espécies de peixes, 64 espécies de répteis, 34 espécies de anfíbios, 407 espécies de aves e 58 espécies de mamíferos.
Um estudo recente da National Geographic que definiu os limites em torno d Torre de Água das Terras Altas de Angola (Angola Highlands Water Tower – AHWT), indica que existe uma média de 423 quilómetros cúbicos de precipitação sobre esta torre anualmente - o que equivale a quase 170 milhões de piscinas olímpicas.
Como a maioria das torres de água da África, a Torre de Água das Terras Altas de Angola carece de neve ou gelo, sendo o seu abastecimento possibilitado pelo fluxo gradual de águas subterrâneas, lagos de fonte nas terras altas e extensas turfeiras.
Segundo o comunicado da organização científica, a AHWT ocupa uma área de 380.382 quilómetros quadrados, fornece recursos de água doce para sete países - Angola, Zâmbia, Zimbábue, Moçambique, República Democrática do Congo, Namíbia e Botsuana – bem como áreas de biodiversidade importantes como o Delta do Okavango, onde se encontra a maior população remanescente de elefantes africanos em vias de extinção.
