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Mais de 100 novas espécies raras de animais descobertas em Angola pelo National Geographic

O anúncio é de Karlien Costa, director da National Geographic em Angola. De acordo com o responsável – que discursava nesta Segunda-feira, no Luena (Moxico), na apresentação de um projecto designado vida selvagem, enquadrado num workshop em alusão ao Dia Mundial do Ambiente, com o tema “Soluções para a Poluição Plástica” – o National Geographic descobriu mais de uma centena de novas espécies raras de animais em Angola, no âmbito de uma expedição científica que durou oito anos.

: António Silva/Lusa
António Silva/Lusa  

Entre as referidas espécies constam, por exemplo, répteis, peixes, mamíferos, anfíbios, entre outros, que segundo Karlien Costa foram encontradas numa zona de 150 mil quilómetros quadrados. Esses quilómetros, adiantou, abrangem áreas das províncias do Bié, do Cuando Cubango, sendo que o destaque recai no Moxico, em especial na comuna do Témpue (município dos Luchazes), no qual foi descoberta a maior das espécies raras, escreve a Angop.

Segundo o director da National Geographic em Angola a descoberta – fruto da expedição científica que arrancou em 2015 – ocorreu nas planícies dos rios Cuanavale, Cuando, Cuito, Cassai, Lunguembungo, Cuvaguin e Zambeze.

Independentemente do referido resultado, o responsável informou, citado pela Angop, que os estudos prosseguem, visto que se encontra montado um sistema de câmaras e sensores em movimento, no sentido de recolher informações necessárias nas zonas de pesquisa.

Já Vladimir Russo, técnico sénior do National Geographic, realçou o potencial da zona designada Lisima lya Mwono (Fonte da Vida), que se situa no Moxico. Segundo o responsável, esta zona suporta a vida de espécies relevantes da fauna e flora, tal como cumpre um papel relevante para mais de um milhão de cidadãos, escreve a Angop.

Além disso, aproveitou ainda para defender a relevância dos governos definirem acordos visando o reforço da protecção do meio ambiente, visto que "a diversidade não tem fronteira, porque o delta está no Botsuana, mas as águas saem de Angola".

Por sua vez, Amélia Masseca Jordão, representante do Instituto Nacional de Biodiversidade e Áreas de Conservação, apresentando a Estratégia Nacional de Biodiversidade 2019-2025, disse ser necessário proteger o ecossistema. "Há lugares que têm uma ligação cultural muito íntima com as comunidades, nesse sentido, temos que preservar estes locais, caso eles desapareçam as comunidades acabam por perder a sua identidade", indicou, citada pela Angop.

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