O objectivo principal do projecto 'Ecojovens' passa por "contribuir para a valorização do capital humano da juventude angolana, em especial das mulheres e raparigas, promovendo o seu envolvimento activo no incremento de políticas públicas e empregabilidade através do fomento do desenvolvimento sustentável focado na acção climática e protecção ambiental", começou por contar José Manuel Ribeiro, presidente do Conselho de Administração da Lipor, em entrevista ao VerAngola.
Assim, acrescentou: "Preparar futuros líderes, impulsionar o empreendedorismo e criar uma visão de sustentabilidade, economia circular, negócio e criação de valor são grandes desafios ao qual o projecto responde".
Já sobre o papel desempenhado pela Lipor neste projecto, o responsável esclareceu que, durante meio ano, a empresa portuguesa prestou assessoria técnica ao projecto nas províncias de Luanda e Benguela, "através da realização de nove acções de formação".
Segundo o responsável, "foram trabalhados quatro grandes acções por seis consultores e formadores internacionais", tendo 157 formandos, fundamentalmente jovens angolanos, participado, trabalhado e conhecido "especialistas em gestão de resíduos portugueses altamente capacitados e experientes que, através de metodologias pedagógicas, transmitiram o seu know-how e alargaram os horizontes do público-alvo".
Considerou ainda tratar-se de "um excelente contributo para o desenvolvimento de Angola", com foco na "acção climática e protecção ambiental".
"Consideramos que este projecto é fundamental para que se promova a democratização da educação e as demais condições necessárias para que a educação, seja ela proporcionada pela escola ou por outros meios educativos, contribua para a igualdade de género, a igualdade de oportunidades, a superação das desigualdades económicas, sociais e culturais, o desenvolvimento da personalidade e do espírito de tolerância, de solidariedade e de responsabilidade e para facilitar o progresso social e a participação democrática na vida em sociedade", afirmou.
O responsável, em entrevista ao VerAngola, explicou que o referido projecto se encontra alinhado com o Objectivo 11 da Agenda para o Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas 2030, que tem em vista "tornar as cidades e comunidades inclusivas, seguras, resilientes e sustentáveis".
Assim, entre outros aspectos, disse ser fundamental "o desenvolvimento de projecto como este que contribuam para a valorização do capital humano da juventude angolana, em especial das mulheres e raparigas, promovendo o seu envolvimento activo no incremento de políticas públicas e empregabilidade através do fomento do desenvolvimento sustentável focado na acção climática e protecção ambiental", acrescentando que se trata de um projecto "transversal, inovador e empreendedor, encorajando a sociedade a ser ecológica, empreendedora e socialmente sustentável".
Então, mas como surgiu o envolvimento da Lipor neste projecto? José Manuel Ribeiro disse ter nascido de "um convite" por parte dos Salesianos de Dom Bosco Angola para apresentarem "uma proposta que correspondesse aos objectivos" do projecto.
"Tratando-se de um projecto com o qual nos identificamos, pois visa também o fomento do desenvolvimento sustentável focado na acção climática e protecção ambiental, aceitamos de imediato o desafio", acrescentou.
No projecto, a Lipor teve envolvidos seis consultores/formadores internacionais, assim como um gestor de projecto e um coordenador.
Já sobre planos futuros para concretizarem mais sessões, o responsável disse que se surgir o desafio aceitarão: "Se formos desafiados pelos Salesianos de Dom Bosco Angola, teremos todo o gosto em dar continuidade ao projecto".
"O retorno que temos tido, quer por parte do cliente, quer por parte dos formandos é extraordinário. A entrega dos formandos foi excepcional. Agarraram bem e perceberam que esta é uma oportunidade única para o seu desenvolvimento e evolução profissional. Importante referir que muitas ideias de negócio surgiram e sentiu-se a vontade e dinamismo em concretizarem em acções e negócio o que aprenderam. O follow-up das sessões será revelador da operacionalização dos conhecimentos adquiridos", acrescentou.
Fez ainda um balanço positivo da iniciativa, afirmando que a "participação activa e entusiástica dos promotores e dos formandos foi fundamental para o sucesso" do projecto.
"Enfrentámos desafios previsíveis, mas também muitos imprevistos ao longo do projecto. No entanto, a abordagem proactiva na identificação e gestão desses desafios permitiu que superássemos obstáculos e ajustássemos estratégias conforme as necessidades", indicou, considerando ainda que o processo de formação é "uma mais-valia para os formandos", como também "uma oportunidade valiosa de crescimento e conhecimento" para a empresa.
Entre outros aspectos, o responsável disse ao VerAngola que a "sustentabilidade do projecto vai além do seu término. Os participantes estão agora mais bem preparados para integrar práticas sustentáveis no seu quotidiano nas suas comunidades, promovendo um impacto positivo a médio e longo prazo".
"Ao avaliar o impacto do projecto, observamos mudanças tangíveis no comportamento ambiental dos participantes, bem como contribuições positivas para a comunidade. Esses resultados reforçam a importância de investir em iniciativas educacionais para promover uma cultura de sustentabilidade ambiental e social. Em conclusão, o balanço final reflecte não apenas o sucesso do projecto, mas também o comprometimento contínuo com os princípios da sustentabilidade. Este projecto servirá como modelo inspirador para futuras iniciativas que visem promover a consciencialização e acção em prol da sustentabilidade ambiental como um todo", completou.
Refira-se que as bolsas de formação profissional são da responsabilidade dos Salesianos de Dom Bosco Angola.
