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Banco Keve garante ter fundos próprios e estar em processo de reestruturação

O Banco Keve informou que concluiu “com sucesso” o seu segundo aumento de capital, dispondo de fundos próprios acima dos exigidos pelo regulador, e que iniciou um processo de reestruturação com aposta nos serviços digitais.

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O comunicado do Banco Keve surge alguns dias depois de a imprensa ter noticiado que a instituição financeira ia encerrar agências e que estaria em falência técnica.

Uma fonte da instituição financeira disse, no entanto, à Lusa que o banco dispõe de fundos próprios suficientes, acima das exigências legais, e que não está em falência técnica, estando focado "no saneamento e robustez do balanço".

Confirmou ainda que serão encerradas algumas agências, sendo abertas outras, e negou que estejam a ser feitos despedimentos, havendo cerca de 60 pessoas cujos contratos não foram renovados.
Num comunicado divulgado esta Quarta-feira e assinado pelo presidente do Conselho de Administração, José Pedro de Morais Júnior, o banco informa ter concluído com sucesso o segundo aumento de capital, num total de 24 mil milhões de kwanzas.

"Com isto, os fundos próprios do banco ultrapassam agora os 40 mil milhões de kwanzas, muito acima do limite mínimo de 7,5 mil milhões de kwanzas exigidos pelo Banco Nacional de Angola", indica o documento.

A administração do Keve, acrescenta que, com esta acção, deu início a um processo de reestruturação interna "que tem como objectivo dar resposta aos desafios colocados pela actual situação económica" e está a "transformar a sua estrutura de serviços, com aposta no digital", evidenciando "confiança na economia angolana e nas suas enormes potencialidades".

O banco, que tem entre os seus 50 accionistas nomes como o de Manuel Carneiro, sobrinho de Higino Carneiro (ex-ministro das Obras Públicas, acusado de crimes de peculato, nepotismo, tráfico de influência, associação criminosa e branqueamento de capitais), José Pedro de Morais Júnior, antigo ministro das Finanças, e André Luís Brandão, ex-ministro dos Transportes, estaria a ser pressionado pelo Banco Nacional de Angola (BNA) para afastar as Pessoas Politicamente Expostas (PEP) da sua estrutura.

A fonte contactada pela Lusa confirmou que "existe uma recomendação" do banco central neste sentido, tendo em conta o estatuto de equivalência com a União Europeia, para se "reavaliar a posição das PEP nas estruturas accionistas e órgãos sociais" da banca.

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