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Bancos limitados a dois por cento sobre a taxa oficial na venda de divisas

Os bancos nacionais estão proibidos, a partir de Quarta-feira, de aplicar o câmbio livre na venda de divisas aos clientes, passando a vigorar uma taxa máxima de dois por cento sobre o valor de referência.

Ampe Rogério:

A informação consta do instrutivo 03/18 do Banco Nacional de Angola (BNA), que entra em vigor a 24 de Janeiro, sobre Política Cambial, alterando metodologias de cálculo da taxa de câmbio ao considerar, lê-se, a necessidade de "definir o processo de formação da taxa de câmbio de referência do mercado primário, bem como as margens permitidas sobre as operações cambiais no mercado secundário".

Na prática, o regime de câmbio livre na venda de divisas pelos bancos angolanos termina esta Quarta-feira, com o instrutivo a definir que na comercialização de moeda estrangeira no mercado inter-bancário e aos seus clientes, os bancos comerciais "podem aplicar, sobre a taxa de câmbio de referência" do BNA, "uma margem, para mais ou para menos, de até dois por cento".

Essas margens, acrescenta o documento, "aplicam-se a todas as operações cambiais sem excepção, incluindo as de venda de notas, cheques de viagem e cartões de pagamento internacionais".

Define também que a taxa de câmbio de compra do mercado "será calculada com uma redução de até 0,25 por cento sobre a taxa de câmbio de venda".

Numa aparente medida para travar a especulação com o novo modelo de aquisição de divisas, o banco central vai igualmente mexer na componente de venda de divisas aos clientes dos bancos comerciais, em notas.

"Nós tínhamos até aqui uma margem máxima de três por cento para as operações comerciais e tínhamos, para as notas, um câmbio livre. Nós estamos a unificar os mercados, de divisas, de notas, e doravante (…) a margem máxima de comercialização é de dois por cento sobre a taxa de câmbio de referência que é publicada pelo BNA", esclareceu José de Lima Massano.

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