Recentemente foi publicado o relatório sobre o comportamento do Índice Preço do Consumidor (IPC) referente ao mês de Dezembro, o qual espelha as alterações registadas no quesito "preços", observando-se uma alteração de 1,38 pontos percentuais durante o período de Novembro a Dezembro de 2015.
O Orçamento Geral do Estado (OGE) 2016 apresentava como meta uma taxa de inflação a situar-se entre os 11 e os 13 por cento e o Fundo Monetário Internacional (FMI) apontava uma inflação esperada para 2015 a situar -se nos 14 por cento.
Todas as metas previstas, quer pelo Executivo angolano, quer pelo FMI, foram ultrapassadas, sendo que segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE) a inflação situou-se nos 14,27 por cento, uma variação de 1,27 por cento segundo as previsões do Executivo e 0,27 por cento do FMI.
Comparativamente ao período homólogo, 2014, podemos depreender que os preços registaram um aumento de 90 por cento, ou seja, em 2014 a inflação acumulada cifrou-se nos 7,24 por cento e 14,27 por cento em 2015;
Cenário este que tornar-se insustentável para muitos consumidores, devido à redução do poder de compra e a um aumento dos preços dos principais produtos que constituem a cesta básica.
Embora estejam a ser tomadas medidas de contenção por parte do Banco Nacional de Angola (BNA), autoridade máxima monetária do país, parece que a inflação não quer ser domada e segue como um animal feroz e sem controle, com tendência ascendente, situação esta, que não é nada benéfica para a economia angolana.
O ano de 2016 parece-se mais com um filme em que apenas o começo foi marcado por muitos acontecimentos tais como: alteração nos preços dos combustíveis, redução do preço do barril do crude, aumento das taxas médias de câmbio e juro.
Pelo andar da carruagem ainda teremos muito por assistir nesta longa-metragem que seguramente irá nos pregar enormes surpresas e momentos inesquecíveis.
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A Opinião de Janísio Salomão Janísio Salomão