De acordo com esta agência de notícias financeira, a moeda nacional angolana caiu 15 por cento no primeiro dia útil deste ano, somando à queda de 24 por cento registada durante o ano passado, uma tendência que já dura há oito anos.
Na semana passada, o kwanza vendeu-se a uma taxa média de 156,3, o que compara com os 135,9 na semana anterior, segundo disse o Banco Nacional de Angola no final de Dezembro, e representa "a maior desvalorização desde que as autoridades monetárias começaram a cortar o câmbio em vários momentos durante 2015, que [a consultora] Grupo Eurasia estima ter representado 25 por cento antes da última redução", diz a Bloomberg.
De acordo com a interpretação da Bloomberg, o banco central está a tentar esbater a diferença entre a taxa oficial de câmbio e a variação no 'mercado negro', no qual um dólar pode valer 270 ou 280 dólares, cerca do dobro da taxa oficial.
Em Novembro, o banco central começou a limitar o acesso aos dólares, restringindo o montante que disponibilizava aos bancos comerciais, em resultado da descida de mais de 65 por cento no preço do petróleo desde Junho de 2014, o que reduziu drasticamente a disponibilidade da moeda norte-americana.
A limitação imposta pelo banco central, que na prática decide quais os sectores que mais precisam de dólares, deixou as empresas à mercê da discricionariedade das autoridades, disse o presidente da Associação Industrial de Angola, José Severino, em declarações à Bloomberg, em Dezembro.