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Portugal highlights geostrategic significance of the Lobito Corridor

The Portuguese Minister of Foreign Affairs highlighted the geostrategic significance of the Lobito Corridor and considered that, by enhancing the development of Angola, it will also be beneficial for Portugal.

: Embaixada de Portugal em Angola
Embaixada de Portugal em Angola  

Gomes Cravinho falava à Lusa em Luanda, à margem da cerimónia de entrega dos prémios ‘Manuel António da Mota – Uma Vida em Angola.

O ministro visitou no Sábado as obras do Corredor do Lobito, infraestrutura ferroviária transafricana que ligará a República Democrática do Congo e a Zâmbia ao Porto do Lobito, e passou também pelo Huambo, para o lançamento da primeira pedra da Plataforma Logística Caála.

O chefe da diplomacia portuguesa considerou que o Corredor do Lobito, que vai ser gerido por um consórcio que integra a construtora portuguesa Mota-Engil, tem uma importância geoestratégica “enorme” e é muito mais do que uma infraestrutura ferroviária.

“É um acesso do interior do continente africano, da Zâmbia, da República Democrática do Congo, com todos os seus recursos minerais, para o Atlântico, para o Porto do Lobito e isso cria uma alternativa à situação actual que é muito deficitária e que só vai para a costa oriental em direcção à China”, observou.

“É uma maneira de escoar a produção para um porto que fica mais próximo da Europa e das Américas e trazer desenvolvimento a toda a região do Corredor do Lobito”, considerou o governante, em declarações à Lusa.

Questionado sobre se este projecto terá impacto na relação de Portugal com Angola, afirmou que “pode potenciar muito o desenvolvimento de Angola e tudo o que potencia o desenvolvimento de Angola é bom para Portugal e para a relação Portugal-Angola”.

O ministro realçou que o porto europeu mais próximo do Lobito é precisamente o porto de Sines, que está numa fase de expansão e ligação às Américas e ao coração da Europa, e “tudo o que tenha a ver com reforço da mobilidade e transporte nas Américas e na parte ocidental do continente africano, é sempre muito bom para Portugal”.

“E trabalhando com Angola temos naturalmente mais valias significativas”, acrescentou.

No Domingo, João Gomes Cravinho presidiu à VI Reunião Ministerial do Caminho Conjunto UE-Angola, em representação do Alto Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Josep Borrell, com foco nas questões políticas regionais e internacionais e nas prioridades da cooperação UE-Angola no período 2021-2027.

O MNE português manteve também uma reunião bilateral com o homólogo angolano, Téte António, para assinar um memorando de entendimento para o restauro e apetrechamento da Fortaleza de S. Francisco do Penedo em Luanda.

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