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Jardins da Yoba aposta na produção de arroz e assina acordo com universidade brasileira

Um acordo, com período de implementação de 10 anos, foi assinado entre a Jardins da Yoba e a Universidade Federal de Lavras (UFLA), no Brasil. Direccionado ao desenvolvimento de genótipos de arroz de terras altas adequadas às condições ambientais angolanas, o referido protocolo tem prevista a transferência e partilha de tecnologia no âmbito do melhoramento de arroz de terras altas no período de 2024-2034.

: Facebook Jardins da Yoba
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A assinatura deste acordo teve lugar no Brasil, no mês passado, no âmbito de uma visita que entidades da Jardins da Yoba realizaram à UFLA, entre 25 e 27 de Março.

Segundo João Saraiva, director-geral da Jardins Yoba, o acordo para transferência de tecnologias na cultura do arroz vai ser de "grande importância no combate à fome e pobreza" em Angola.

"O arroz de terras altas, como uma cultura que não necessita de grandes investimentos em infra-estrutura, é adequado para o sistema de cultivo familiar predominante em Angola", disse o responsável, citado num comunicado da UFLA, a que o VerAngola teve acesso.

Na ocasião, João Saraiva também realçou que "o acesso a esse pacote tecnológico será estratégico para o desenvolvimento" da agricultura.

"O acesso a esse pacote tecnológico será estratégico para o desenvolvimento da nossa agricultura, assim como os programas de capacitação transversal, num modelo de capacitação estendido a técnicos, professores universitários e alunos", disse, acrescentando que esse modelo de formação tem sido bem-sucedido pelo que pretendem "ampliar a parceria para outras áreas do conhecimento".

Já Flávia Botelho, representante da UFLA no acordo, "o desenvolvimento e lançamento de linhagens adaptadas aos stresses bióticos (doenças, pragas etc) e abióticos (geada, seca, etc) para determinada região é de extrema importância para o aumento da produtividade de grãos de forma constante e sustentável", lê-se no comunicado da universidade brasileira.

Segundo a nota, a cultura do arroz assume-se como importante, sobretudo em países em desenvolvimento, onde esta cultura pode ter uma influência directa na "renda, saúde, meio ambiente e no bem-estar social, como no caso de Angola, uma vez que é considerado juntamente com o feijão a base da dieta da população", sendo que "Angola produz, actualmente, 25 mil toneladas de arroz por ano, o que está muito aquém das 400 mil toneladas importadas anualmente".

Assim, Flávia Botelho justificou a importância do projecto, tendo realçado que o domínio agrícola se assume como relevante tanto quanto à promoção da auto-suficiência e da segurança alimentar, como também relativamente ao "fornecimento de matérias-primas para a indústria transformadora e para a criação de emprego".

Disse ainda que a universidade vai participar "de uma das maiores transformações sociais e económicas" de Angola. "A Universidade participará de uma das maiores transformações sociais e económicas no país angolano, contribuindo, substancialmente, para o combate à fome e desnutrição, construindo uma agricultura sustentável e de relevante impacto para a sociedade em geral", apontou, citada no comunicado.

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