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Opinião A opinião de...

Desafios e oportunidades no planeamento e gestão do território em Angola

Manuel Marques

Licenciado em Sociologia pela Universidade da Integração da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB) e graduado em Bacharel em Humanidades. Pesquisador na área de formação de professores, sociologia da violência e democracia em Angola.

Angola, sendo um país subdesenvolvido e em vias de desenvolvimento, enfrenta desafios bastante significativos em relação ao planeamento e gestão do seu território. Neste sentido, por conflitos de desordenamento do território, urbanização rápida e desigualdades socio-económicas, o país está diante da necessidade premente de implementar estratégias eficazes para o ordenamento do território.

: Andre P.
Andre P.  

Este tema abordará os principais desafios e oportunidades que Angola enfrenta nesse contexto, destacando questões como desenvolvimento urbano, preservação ambiental, distribuição equitativa de recursos e participação comunitária.

No que tange a questão dos desafios percebe-se a urbanização descontrolada que tem surgido por conta do crescimento rápido da população ou êxodo populacional em áreas urbanas e não urbanas.

Desta mesma forma, este êxodo populacional acaba por sobrecarregar as infraestruturas existentes como problemas de escassez de moradias para a população e falta adequada de acesso aos serviços básicos, como esgoto e a questão do congestionamento de tráfego.

Esta disparidade nacional e regional no desenvolvimento de políticas públicas e planeamento de gestão territorial em Angola, causa uma diferença enorme entre as regiões urbanas e rurais em Angola. Assim sendo, influência num nível elevado as desigualdades sócio económicas e sociais na vida dos cidadãos angolanos.

Para além do mais, tem-se observado uma gestão inadequada dos recursos ambientais e naturais, que causam seca no sul do país e ameaçam a sustentabilidade do meio ambiente. Entretanto, a falta de capacidade institucional governamental em criar políticas e planear acções que possam regulamentar e implementar políticas eficazes no ordenamento do território, ainda é um grande problema em Angola.

Na questão de oportunidade, o Estado precisa de investir e incentivar a participação da população no planeamento de políticas ligado à gestão de território. Os estudos de viabilidade e laboratórios de engenharia das universidades públicas e privadas devem envolver-se de modo activo para atender às necessidades específicas e inspirar a população para que tenhamos uma gestão democrática e participativa.

Tanto que, o planejamento urbano sustentável, promove o desenvolvimento de cidades mais sustentáveis, com ênfase na habitação acessível, transporte público eficiente, espaços verdes e infraestrutura resiliente ao clima, que podem melhorar a qualidade de vida urbana e reduzir os impactos ambientais.

Assim, concluímos que o planeamento e gestão do território em Angola são cruciais para enfrentar os desafios de desenvolvimento enfrentados pelo país e aproveitar as oportunidades de crescimento sustentável.

Ao abordar questões como urbanização descontrolada, disparidades regionais e gestão dos recursos naturais, e ao aproveitar as oportunidades de planeamento urbano sustentável, investimento em infraestrutura, gestão sustentável dos recursos naturais e participação comunitária, Angola pode construir um futuro mais próspero e inclusivo para todos os seus cidadãos.

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Manuel Marques

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