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Corredor do Lobito continua na mira do AFC que vai disponibilizar 500 milhões de dólares para o projecto

O presidente do Conselho de Administração (PCA) do consórcio Africa Finance Corporation (AFC), Andrew Alli Samaila, anunciou que a instituição financeira vai disponibilizar 500 milhões de dólares destinados a investimentos com impacto social, visando promover o desenvolvimento do Corredor do Lobito.

: CIPRA
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Este investimento demonstra a confiança da capacidade de transformar do referido projecto, que vai além-fronteiras, indicou, acrescentando que a instituição financeira irá fazer uso de fundo de pensão para aumentar a sustentabilidade, estabelecendo parcerias com outros bancos de desenvolvimento para impulsionar capitais, escreve a Angop.

O responsável falava esta Quarta-feira, na cimeira multilateral sobre o Corredor do Lobito, que decorreu em Benguela e reuniu na mesma mesa os Presidentes de Angola, dos Estados Unidos da América, da Zâmbia, da República Democrática do Congo e o vice-Presidente da Tanzânia, João Lourenço, Joe Biden, Hakainde Hichilema, Félix Tchissekedi e Philip Mpango, respectivamente, entre outros.

Segundo a Angop, o consórcio encontra-se comprometido com o desenvolvimento do referido corredor, tendo sido nomeado o principal responsável pelo desenvolvimento do projecto, comandando acções de construção e financiamento, cujos esforços têm em vista tornar o corredor num impulsionador do crescimento económico, permitindo facilitar o transporte de minerais e estimular o comércio intra-africano e global.

Além disso, a iniciativa fortalece igualmente a integração regional, bem como fomenta o desenvolvimento sustentável.

Quem também interveio na cimeira foi o Presidente da Zâmbia, Hakainde Hichilema. Na ocasião, Hichilema sublinhou a relevância crucial do Corredor do Lobito para se implementar a zona de livre comércio africana.

Devido a isso, considerou que o desenvolvimento deste corredor também é relevante não apenas para os países da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC) – na qual Angola, Zâmbia, RDC e Tanzânia fazem parte – mas para todos os países de África.

"O projecto abre uma grande oportunidade para investimentos e o comércio, porque se refere a infra-estrutura como caminhos-de-ferro, estradas ou o sistema rodoviário, que se vão interligar-se e comunicar com o Corredor", disse, acrescentando que através do projecto se vai verificar "uma mudança fundamental para os nossos países, as nossas economias e aos nossos povos".

Entre outros aspectos apontou ainda o facto de este corredor representar uma oportunidade para aumentar a eficácia, reduzir as distâncias comerciais e melhorar a ligação dos povos e nações, bem como possibilitar o investimento em fontes de energia.

"É disso que a África precisa para que os jovens, ao saírem dos seus países para estudar, retornem e trabalhem trabalhando com capital e tecnologias globais", considerou.

Outro dos intervenientes na ocasião foi o presidente da Kobold Metals, Josh Golfman, que ressaltou a relevância do Corredor do Lobito, afirmando que a empresa com sede na Califórnia, nos Estados Unidos, se encontra contente por firmar parcerias com os países que integram essa região.

"Trabalhamos todos os dias com os nossos parceiros e juntos vamos criar milhares de empregos e o comércio inter-africano", disse, citado pela Angop.

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