Em comunicado, a que o VerAngola teve acesso, o Ministério da Energia e Águas informa que o primeiro projecto de electrificação dos referidos municípios começou a funcionar no fim-de-semana, tendo a infra-estrutura sido inaugurada por Baptista Borges, na presença dos governadores do Bié e do Huambo, Celeste Adolfo e Pereira Alfredo, respectivamente.
"Para a interligação das redes das duas localidades foram construídas, de Janeiro a Dezembro do corrente ano, uma subestação de 220/30 kV com potência instalada de 20 MVA e lançados 30 quilómetros de cabo da rede de distribuição de média tensão", lê-se na nota.
Além disso, adianta a tutela, também se instalaram "15 postos de transformação de 160 a 30/0,4 kVA, lançados 29 quilómetros de cabo da rede de distribuição de baixa tensão, 600 novos pontos de iluminação pública e realizadas 1600 novas ligações domiciliares".
Enquadrado no plano de transição energética, este projecto vai permitir ao Estado poupar por ano aproximadamente de 380 milhões de kwanzas, "sendo 270 milhões na aquisição de 1.550.000 litros de combustível fóssil, e 110 milhões de kwanzas em despesas administrativas".
Falando na ocasião, o titular da pasta da Energia e Águas considerou que "terminou o ciclo de escuridão que a população destas duas comunidades viviam durante anos aos consumirem uma energia barata e de pouca qualidade".
Segundo o ministro, o Executivo pretende interligar, até 2025, todos os municípios do Bié à rede eléctrica nacional.
Desse modo, o município do Chinguar "sai de quatro horas para 24/24 de fornecimento de energia eléctrica", considerado "um salto significativo, quantitativo e qualitativo já mais visto na sua história".
"A ligação destas localidades à rede eléctrica nacional vai impulsionar o desenvolvimento económico e social e fortalecer os serviços essenciais, como a saúde, indústria e a educação, e estimular o empreendedorismo local mormente a agricultura", lê-se na nota da tutela.
Antes do investimento, a energia era fornecida a estes dois municípios através de geradores e centrais térmicas, "cuja cuja capacidade instalada era insuficiente para atender a demanda", mas agora, com a "integração da iluminação pública e a expansão das ligações domiciliárias, essas comunidades" passam a ter a oportunidade de beneficiar de "melhores condições de vida e maior segurança".