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Quinze obras literárias nacionais já podem ser lidas em mandarim

Mais de uma dezena de obras nacionais já têm versão em mandarim, fruto do trabalho de João Shang, investigador chinês do Centro de Estudos para Desenvolvimento Económico e Social de África (CEDESA), que desde 2011 já traduziu um total de 15 obras literárias nacionais. Entre as obras que já podem ser lidas em mandarim constam, por exemplo, “A montanha de água lilás” de Pepetela, “Uma vida sem trégua” de Agostinho Neto, entre muitas outras.

: Angop
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Esta tradução, segundo o investigador, possibilita dar a conhecer Angola, por meio da leitura, aos chineses, bem como reforçar a atracção de turistas e empresários da China para Angola.

Assim, entre as obras nacionais que já contam com uma versão em mandarim estão "Quem me dera ser onda" (Manuel Rui Monteiro); "Luanda" (Luandino Vieira); "A montanha da água lilás" (Pepetela); "Uanga" (Óscar Ribas); "Nga Muturi" (Alfredo Troni); "Tesouro de Kianda" (Arnaldo Santos); "Estórias do musseque" (Jofre Rocha); "A morte do velho Kipacaça" (Boaventura Cardoso); "Uma vida sem trégua" (António Agostinho Neto); "Essa dama bate bué" (Yara Monteiro); "Bola com feitiço" (Uanhenga Xitu); "Undengue", "A dívida da peixeira" e "Pano preto da velha Mabunda" (todas de Jacinto de Lemos).

Segundo a Angop, "O príncipe medroso" (uma colecção de contos de autores angolanos e de outros países de África) e "Nós matamos o cão tinhoso" (moçambicano Luís Bernardo Honwana) foram igualmente traduzidos pelo investigador chinês.

João Shang – que vive em Angola há mais de 10 anos – disse que embora Angola e China tenham "cor e língua" diferentes, ambos os povos são capazes de se relacionar e criar laços.

"Apesar da diferença da cor e da língua, os chineses e angolanos são capazes de se relacionar uns com os outros e de criar laços de fraternidade", disse o também escritor em declarações à Angop.

Assim, deu alguns exemplos de actividades que fomentaram esse intercâmbio. Segundo o investigador, no ano passado, o intercâmbio cultural Angola-China foi "vibrante", mencionando que o Dia da Amizade China-Angola se assinalou com uma visita de jornalistas, académicos e jovens angolanos até à China, com o objectivo de promover o intercâmbio e amizade entre ambos os países.

Também mencionou a concretização do concurso de proficiência em Língua Chinesa 'Chinese Bridge', orientado para a leitura de clássicos chineses, fotografia, arranque de cursos de chinês, entre outros, escreve a Angop.

Desde 2002, lembrou, a colaboração política e comércio entre os dois países já atingiram o seu ponto máximo, contudo, considerou que ainda há mais caminho a percorrer no que diz respeito à colaboração e intercâmbio cultural e educacional.

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