Esta tradução, segundo o investigador, possibilita dar a conhecer Angola, por meio da leitura, aos chineses, bem como reforçar a atracção de turistas e empresários da China para Angola.
Assim, entre as obras nacionais que já contam com uma versão em mandarim estão "Quem me dera ser onda" (Manuel Rui Monteiro); "Luanda" (Luandino Vieira); "A montanha da água lilás" (Pepetela); "Uanga" (Óscar Ribas); "Nga Muturi" (Alfredo Troni); "Tesouro de Kianda" (Arnaldo Santos); "Estórias do musseque" (Jofre Rocha); "A morte do velho Kipacaça" (Boaventura Cardoso); "Uma vida sem trégua" (António Agostinho Neto); "Essa dama bate bué" (Yara Monteiro); "Bola com feitiço" (Uanhenga Xitu); "Undengue", "A dívida da peixeira" e "Pano preto da velha Mabunda" (todas de Jacinto de Lemos).
Segundo a Angop, "O príncipe medroso" (uma colecção de contos de autores angolanos e de outros países de África) e "Nós matamos o cão tinhoso" (moçambicano Luís Bernardo Honwana) foram igualmente traduzidos pelo investigador chinês.
João Shang – que vive em Angola há mais de 10 anos – disse que embora Angola e China tenham "cor e língua" diferentes, ambos os povos são capazes de se relacionar e criar laços.
"Apesar da diferença da cor e da língua, os chineses e angolanos são capazes de se relacionar uns com os outros e de criar laços de fraternidade", disse o também escritor em declarações à Angop.
Assim, deu alguns exemplos de actividades que fomentaram esse intercâmbio. Segundo o investigador, no ano passado, o intercâmbio cultural Angola-China foi "vibrante", mencionando que o Dia da Amizade China-Angola se assinalou com uma visita de jornalistas, académicos e jovens angolanos até à China, com o objectivo de promover o intercâmbio e amizade entre ambos os países.
Também mencionou a concretização do concurso de proficiência em Língua Chinesa 'Chinese Bridge', orientado para a leitura de clássicos chineses, fotografia, arranque de cursos de chinês, entre outros, escreve a Angop.
Desde 2002, lembrou, a colaboração política e comércio entre os dois países já atingiram o seu ponto máximo, contudo, considerou que ainda há mais caminho a percorrer no que diz respeito à colaboração e intercâmbio cultural e educacional.