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Guterres destaca esforços diplomáticos de Angola na resolução da crise na RDCongo

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, destacou esta Segunda-feira os esforços diplomáticos liderados por Angola para resolver a crise na região oriental da República Democrática do Congo (RDCongo).

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Num balanço do ano de 2022 feito à imprensa na sede da ONU, em Nova Iorque, Guterres enumerou uma série de avanços alcançados na resolução de conflitos através de esforços diplomáticos, especialmente no continente africano.

"Na República Democrática do Congo, os esforços diplomáticos liderados por Angola e pela Comunidade da África Oriental criaram um quadro de diálogo político para resolver a crise na região oriental do país", afirmou.

Angola tem sido mediador do conflito entre a República Democrática do Congo e o Ruanda, devido aos ataques do movimento rebelde 23 de Março (M23), que Kinshasa diz ser apoiado pelos ruandeses, no leste da RDCongo.

A 23 de Novembro, o Presidente, João Lourenço, organizou uma cimeira em Luanda onde recebeu os responsáveis dos dois países, bem como representantes de outros países e organizações africanas, tendo sido alcançado um acordo para um cessar-fogo que, no entanto, não está a ser cumprido pelos rebeldes, acusados de estar a massacrar civis.

Face à Etiópia, o ex-primeiro-ministro português realçou os esforços da União Africana para intermediar a paz, considerando-os um "motivo de esperança".

"Uma cessação das hostilidades e acordos de implementação estão em vigor. Está a surgir um caminho para a assistência na parte norte do país", disse Guterres, ainda sobre a situação na Etiópia.

De acordo com o líder das Nações Unidas, apesar dos "muitos motivos para desespero", ainda existem razões para ter "esperança" na resolução dos conflitos que assolam o mundo, principalmente pelo "renascimento da diplomacia" nos últimos meses.

"A trégua no Iémen trouxe dividendos reais para as pessoas. Desde então, não houve grandes operações militares num conflito em que pessoas inocentes pagaram o preço mais alto. Os voos civis foram retomados de Sanaa. Suprimentos vitais estão finalmente a chegar ao porto de Hudaydah", deu ainda como exemplo António Guterres.

Para 2023, a ONU continuará comprometida com a promoção da paz e a segurança, com o alcance dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável, com o combate às desigualdades e com a reforma do "sistema financeiro internacional moralmente falido", frisou o secretário-geral.

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