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Angolano co-funda plataforma que reúne rádios e 'podcasts' de língua portuguesa

Uma plataforma de rádios e ‘podcasts’ de língua portuguesa foi lançada esta Segunda-feira na Internet para promover e incentivar estes programas e para permitir que ouvintes em todo o mundo possam ouvi-los quantas vezes quiserem, disse um dos co-fundadores.

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Álvaro Fernandes disse à Lusa que a ideia da criação da Rádio Play Digital, disponível em https://radioplaydigital.com/, surgiu da percepção de que há falta de 'podcasts' na África lusófona.

"Percebemos, por exemplo, que se entrar no 'site' da Rádio Nacional de Angola ou no 'site' da Rádio Nacional de Cabo Verde não se consegue voltar a ouvir os programas deles", exemplificou.

A plataforma funciona assim como um agregador, que junta essas rádios que existem em FM e 'online', mas também 'podcasts' que não tenha nenhuma rádio associada, divulgando-os e permitindo que sejam ouvidos de qualquer ponto do mundo e quantas vezes for necessário.

"Hoje existem várias plataformas, mas são estrangeiras e têm custos. Nós não temos custos, [os utilizadores] podem ouvir quantas vezes quiser sem pagar nada", disse Álvaro Fernandes.

O co-fundador, que é angolano e estudou Comunicação Organizacional em Portugal, disse que o projecto, além de promover as rádios, foi também pensado para os estudantes de comunicação, que ali têm um vasto acervo de informação.

"Imagine que alguém esteja a fazer uma tese sobre os tipos de entrevista jornalística. Com esta plataforma pode ouvir por exemplo autores que passam entrevistas de rádio e fazer uma análise dessas entrevistas", explicou.

Com mais de 40 'podcasts' e 11 rádios já disponíveis, a maioria angolanos, mas também estrangeiros, incluindo uma rádio em português emitida desde Londres, a Rádio Play Digital concentra-se sobretudo na informação, nomeadamente noticiários, entrevistas e debates.

"Ainda estamos a negociar com rádios angolanas e também deixamos aqui um apelo" às rádios dos outros países africanos lusófonos, Cabo Verde, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Guiné-Bissau, que podem aderir sem qualquer custo.

Também os estudantes de comunicação podem criar um perfil gratuitamente e divulgar os seus trabalhos através da plataforma, disse Álvaro Fernandes.

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