A população voltou "a acreditar que o progresso e desenvolvimento de um país e a felicidade de seu povo assentam numa sociedade que valoriza o trabalho, a disciplina, a prestação de contas", afirmou esta Segunda-feira o Presidente na sua mensagem de ano novo.
João Lourenço, referiu que as medidas em curso inserem-se numa perspectiva de mudança que "vai dando lentamente os seus frutos e contrariam a visão pessimista de quem ainda duvidava de que Angola vive novos tempos".
Para o líder, tem sido fundamental o apoio que tem recebido dos "mais variados sectores da sociedade angolana, do sector empresarial público e privado, das associações cívicas e culturais, das igrejas e da sociedade civil em geral".
Angola vive desde finais de 2014 uma profunda crise económica, financeira e cambial fruto da queda do preço do petróleo no mercado internacional, maior suporte da economia angolana, com vários reflexos negativos da condição sócio-económica das famílias.
Segundo João Lourenço, no poder há dois anos, apesar de ainda serem muitas as dificuldades sentidas, o país "conhece progressos no campo da defesa dos direitos fundamentais do cidadão, da exigência de maior rigor na gestão dos recursos públicos, do combate ao nepotismo e à impunidade e da luta contra a corrupção".
Na sua intervenção, João Lourenço assegurou que o Governo "continua comprometido e empenhado" em criar as condições para proporcionar à maioria da população melhores condições de vida.
"Atenção particular vem sendo prestada pelo executivo ao sector social, com vista a melhor servir as populações na educação, na saúde, na energia, no saneamento básico e na água potável", realçou.
O Presidente afirmou que "os avanços" que o país regista "ainda não se reflectem de forma directa na vida da população", que se vê confrontada com o agravamento do preço dos produtos da cesta básica".
"Por força da especulação de alguns comerciantes desonestos e da baixa oferta de bens essenciais de produção nacional", notou, sustentando que medidas de "fomento e incentivo ao aumento da produção interna de bens e de serviços" têm sido tomadas, para "corrigir a situação".
Para isso, observou: "Contamos com o investimento do sector empresarial privado nacional e estrangeiro, que tem neste domínio um papel de destaque a desempenhar".
Em clima de natal, João Lourenço exortou para a necessidade de se cultivarem os valores da paz, da fraternidade e da solidariedade, recordando e "condenando" os casos recentes de criminalidade violenta e de violência doméstica e contra a criança.
"As autoridades competentes vêm tomando as medidas mais adequadas no combate à criminalidade violenta, no sentido de proteger a vida e a dignidade humana, e a propriedade pública e privada", assegurou.
As vítimas da seca severa no sul do país também foram recordadas com uma palavra de conforto pelo Presidente, ocasião em que agradeceu a onda de solidariedade que contribuiu para "minimizar o sofrimento" dos afectados.
Paz, harmonia e prosperidade foram os desejos de João Lourenço para 2020 augurando que o mesmo seja portador de "mais prosperidade e realizações no plano pessoal e profissional".