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Atlântida Viagens: “Com o contributo de todos e muita persistência é possível colocar Angola na rota do turismo”

Um serviço eficaz e personalizado é o que garante a Atlântida WTA Viagens aos seus clientes desde 1999, ano em que a agência de viagens se estabeleceu em território nacional. Dirigida essencialmente ao segmento empresarial, a Atlântida WTA Viagens tem ressentido na sua actividade a crise financeira que assola o país. A agência está a preparar pacotes alternativos que vão assentar no conceito “vá para fora cá dentro”. Defendendo que ainda existe muito para descobrir no país, o director-geral da agência acredita que a tão apregoada diversificação da economia nacional pode passar pelo sector turístico. Apesar do longo percurso a percorrer, Rui Nogueira acredita que é possível colocar Angola na rota do turismo. Potencial, beleza natural e outras atracções não faltam!

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Desde quando está presente a Atlântida WTA Viagens no mercado nacional e que tipo de serviços disponibiliza?

Em Angola, a Atlântida WTA estabeleceu-se em 1999 sendo uma agência 100 por cento angolana. Estamos englobados num grupo de agências que teve origem em Portugal a partir de um projecto inovador vocacionado para o segmento empresarial. Um grupo de técnicos profissionais, apoiado por uma equipa de gestores convergiu no sentido de prestar um serviço de viagens eficaz e personalizado.

Em que locais podem ser encontrados balcões da agência de viagens? É intenção da empresa expandir os seus serviços a outras zonas?

Hoje estamos presentes na cidade de Luanda com quatro balcões onde se incluem os dos aeroportos doméstico e internacional. Estamos ainda no Soyo, em Benguela e no Lubango. Toda esta rede está conectada a balcões em Lisboa, Paris e Houston onde podemos complementarmente apoiar o nosso passageiro. Para já, estamos a reforçar a comunicação e complementaridade da nossa rede de lojas de forma a maximizar o serviço ao cliente e não vemos a necessidade de expansão.

A Atlântida WTA Viagens anunciou recentemente que passou a aceitar pagamentos em kwanzas para pacotes turísticos no exterior. O que levou a empresa a adoptar esta medida?

Não é bem assim! No passado aceitávamos o pagamento em kwanzas de pacotes internacionais e só agora tivemos que limitar consideravelmente essa prática devido à situação que a nossa economia atravessa. Por isso estamos a preparar o lançamento de alternativas baseadas no conceito “vá para fora cá dentro”. Ainda há muito para descobrir em Angola e há boas surpresas.

A escassez de divisas tem sido um grande entrave na actividade da empresa?

Sem dúvida! Muitos clientes deixaram de viajar por falta de divisas que garantam as suas necessidades no exterior. Por outro lado, e há sempre o outro lado da medalha, apareceram no mercado empresas angolanas que até agora adquiriam as suas viagens sempre no exterior mas que, neste momento, viraram-se obrigatoriamente para o mercado nacional. Esta escassez de divisas acarretou limitações consideráveis às soluções que podemos propor aos passageiros o que é hoje em dia um grande desafio, nomeadamente para as companhias aéreas que mantiveram a sua actividade em Angola.

De que forma a crise económica que Angola atravessa tem afectado o sector turístico e, em particular, as agências de viagem que operam em solo nacional?

É visível a redução de passageiros. A actividade das empresas arrefeceu e com isso baixou o movimento de passageiros que viaja para negócios, em formação ou por ser expatriado. Também o turista de lazer dispõe hoje de menos disponibilidade de divisas para ir para o exterior e, a acentuar toda esta tendência, verificou-se uma subida vertiginosa do custo da viagem. Se a este cenário, adicionarmos um agravamento da capacidade das empresas em liquidarem os seus compromissos, obtemos um cenário realmente pouco atractivo! Melhores dias virão…

Têm registado uma grande descida nas viagens de angolanos para o exterior?

Não tenho acesso a números globais, mas arriscaria em avançar um número entre os 25 e os 40 por cento. Actualmente a TAAG está a implementar campanhas de promoção de viagens o que está a contrariar um pouco esta tendência.

Existem alguns destinos que no mercado nacional são exclusivamente comercializados pela Atlântida WTA Viagens?

Sendo parceiros da SonAir, somos exclusivos na distribuição dos seus voos quer para as províncias, quer no único voo directo de Luanda para os Estados Unidos, o Houston Express.

Em tempo de crise, a opção passa por viajar o mais barato possível ou ainda se procura qualidade?

A procura de alternativas mais económicas é muito significativa, nomeadamente nas viagens corporativas. Ao alterar a sua política de viagens, as empresas estão hoje a fazer poupanças que podem ser superiores a 30 por cento!

Quais os destinos mais procurados pelos clientes da Atlântida WTA Viagens?

Portugal tem-se mantido na liderança dos destinos.

O que oferecem os pacotes turísticos da Atlântida WTA Viagens para o exterior?

As opções podem ser agrupadas em cinco tipos de viagens: city tours em cidades emblemáticas como Nova Iorque, Singapura ou Paris, entre outras; as viagens de lua-de-mel para destinos paradisíacos, os cruzeiros e as grandes viagens com guia. Adicionalmente aos pacotes estabelecidos, disponibilizamos também pacotes mais personalizados e construídos à medida do cliente.

Quais os principais problemas com que o técnico de uma agência de viagens se pode deparar ao lidar com turistas?

É fundamental perceber as expectativas do cliente e atingi-las com os recursos limitados que hoje dispomos. Para isso, além de informação, um bom gestor de viagens tem que ter proactividade para criar e sugerir soluções alternativas.

O que diferencia os serviços da vossa agência das demais empresas concorrentes?

Somos talvez a agência que mais investe na formação dos seus recursos para capacitar os gestores com a informação e os meios para atingir as expectativas do nosso cliente. Complementarmente, e fruto da longa experiência no turismo, desenvolvemos uma rede de fornecedores que aumenta as alternativas a propor ao nosso passageiro.

O Governo continua a apostar na diversificação da economia nacional. O sector turístico poderá ser um meio para ajudar a alcançar este objectivo?

Sem dúvida que o turismo angolano tem um potencial de contribuição para a diversificação da economia nacional. Adicionalmente, o turismo tem o incrível potencial de levar rendimento a zonas em que poucas outras formas de subsistência existem. Num país tão vasto e com tanto potencial natural, esta capacidade é importantíssima. Mas para que tal aconteça, o percurso é ainda muito extenso e tem ainda que ser percorrido! Temos as belezas, mas falta quase tudo o resto… formação na forma de receber, capacitação das unidades hoteleiras e dos locais turísticos… estamos a começar a desenvolver uma cultura de turismo que tem que ir para a frente. Tenho esperança que com o contributo de todos e muita persistência, consigamos colocar Angola na rota do turismo.

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