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Luanda recebe cimeira de chefes de Estado para discutir situação na RDCongo

Luanda recebe a 26 de Outubro uma cimeira de chefes de Estado africanos e quatro organizações internacionais para abordar os recentes desenvolvimentos na República Democrática do Congo (RDCongo), afirmou à Lusa fonte da diplomacia nacional.

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De acordo com a mesma fonte, a cimeira de Luanda resulta do Acordo-Quadro para a Paz, Segurança e Cooperação na RDCongo e na região (assinado em 2013) e promovido pelas Nações Unidas, União Africana, SADC (Comunidade de Desenvolvimento da África Austral) e Conferência Internacional para a Região dos Grandes Lagos, esta última liderada por Angola.

"As Nações Unidas solicitaram a Angola se podia albergar esta grande cimeira e Angola aceitou", indicou à Lusa o director para África do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Joaquim do Espírito Santo.

Segundo o diplomata, além das organizações envolvidas no acordo sobre a estabilidade naquele país e região, são esperados chefes de Estado de 11 países vizinhos da RDCongo e também da África do Sul.

Os recentes desenvolvimentos na RDCongo, com o recrudescer da violência, serão "certamente" abordados na cimeira, indicou ainda. A 21 de Setembro foi noticiado que a violência que ocorreu durante dois dias em Kinshasa provocou a morte a mais de 100 pessoas, estimaram fontes da oposição na RDCongo, o que mais do que triplica as estimativas policiais.

No centro das manifestações está a exigência de saída do poder de Joseph Kabila no final do mandato, em Dezembro, rejeitando que se recandidate e o adiamento das próximas eleições.

"O Estado vai fazer tudo para manter a ordem na RDCongo, o procurador [geral da República, do país vizinho] está a investigar todos os casos que acontecerem nesses dias. A intenção do Governo é de fazer valer a autoridade do Estado, ao mesmo tempo que o Governo mantém a ideia de prosseguir e concluir o diálogo político", disse recentemente o ministro das Relações Exteriores angolano Georges Chikoti, após reunir-se em Nova Iorque com o homólogo congolês, Raymond Tshibanda.

Na guerra civil na RDCongo, entre 1998 e 2002, Angola e o Zimbabué enviaram tropas para aquele país para apoiar o regime do então Presidente, Laurent Désiré Kabila, pai de Joseph Kabila, que foi assassinado em Janeiro de 2001, contra os rebeldes, apoiados pelo Ruanda, Uganda e Burundi.

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