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Tchizé dos Santos considera injustas críticas à sua ascensão no MPLA

A nova membro do Comité Central do MPLA Welwitschia dos Santos, filha do líder do partido, José Eduardo dos Santos, considerou no Sábado "injustas" as pessoas que alegam não reunir condições para chegar àquele órgão partidário.

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Tchizé, como também é conhecida, falava à imprensa no final da sessão de encerramento do VII congresso do Movimento de Libertação Popular de Angola (MPLA).

A também deputada do MPLA disse que entrou para as fileiras do partido com cinco anos, pela Organização de Pioneiros Angolanos (OPA), estrutura infantil daquela força política no poder.

Nesse sentido, Welwitchia dos Santos afirmou que as críticas só podem ser feitas por pessoas que desconhecem a sua trajectória e militância no MPLA.

"Eu estou nas fileiras do MPLA desde os cinco anos de idade, entrei para a OPA, participei de vários acampamentos pioneiros. A ideologia do MPLA tendo-me sido incutida desde muito pequenina, passei por uma eleição no MPLA na base, pela primeira vez, em 2004, entrei para a OMA [Organização da Mulher Angolana] da Maianga", disse.

À imprensa, Welwitchia dos Santos enumerou o seu percurso no partido até ser proposta para integrar o Comité Central do MPLA, lembrando que foi "uma disputa acirrada" pelos 12 lugares a ser ocupados em representação da OMA.

"Neste mandato de 2016 fui eleita membro do comité nacional da OMA e depois também num escrutínio bastante apertado consegui ser escolhida uma das 12 militantes da OMA, que vieram para a renovação. A OMA tem 20 e poucos lugares, tinha que haver 45 por cento de renovação", explicou.

Lembrou que no partido esteve na base da constituição do comité de especialidade de empresários do MPLA, para o qual conseguiu mobilizar 1500 membros, o maior que existe, pelo que considerou "bastante satisfatório" o seu trabalho de mobilização.

"Tal como para ser eleita deputada em 2008 também passei pelo mesmo escrutínio na minha organização de base que é a OMA, fui eleita pela OMA para ser candidata a deputada pelo MPLA duas vezes, uma vez, em 2008, aos 28 anos de idade, outra vez em 2012, portanto nunca fui indicada pela estrutura da sede do MPLA, nem para deputada nem para ser membro do CC", frisou.

Tchizé dos Santos considerou as críticas "um aproveitamento político", recorrendo à Constituição para pedir às pessoas que entendam que não pode "ser prejudicada por partilhar laços de sangue com o presidente do MPLA e Presidente da República".

"Também não posso ser prejudicada, eu e nenhuma outra mulher angolana, pelo facto de ser do género feminino", referiu, criticando ainda "uma certa imprensa internacional que na análise da política nacional cria factos" que considerou baseados "na discriminação do género".

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