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Oposição leva discussão sobre crise ao parlamento no final do mês

Os deputados angolanos vão discutir a 31 de Março, no habitual debate mensal na Assembleia Nacional, a situação que o país atravessa devido à crise financeira, um tema proposto pelo segundo maior partido da oposição, anunciou o parlamento.

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O líder da Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE), Abel Chivukuvuku, formação que propôs o tema a abordar no debate parlamentar de Março, denunciou no final de 2015 o eminente "colapso financeiro" do país, afectando milhões de cidadãos, nomeadamente com atrasos nos pagamentos salariais da função pública.

Sob proposta do grupo parlamentar daquela coligação política, os deputados vão debater a "Situação política, económica e social do país, face à situação de crise que enfrenta", com efeitos visíveis face a cortes em serviços de saúde, limpeza, saneamento, educação e várias obras públicas, entre outras actividades.

O líder da CASA-CE afirmou anteriormente que o impacto negativo da crise financeira, provocada pela quebra para menos de metade nas receitas do petróleo, está confirmado na subida vertiginosa dos preços dos produtos básicos e o aumento da pobreza "e em particular o desmoronar da nascente classe média angolana".

Segundo Abel Chivukuvuku, este impacto resulta, em parte, de medidas monetárias e bancárias, adoptadas pelo Executivo, no que toca às normas dos recursos monetários em moeda estrangeira em contas nos bancos nacionais.

Clientes dos bancos angolanos com contas e depósitos feitos em dólares ou euros têm vindo a ser impedidos de fazer levantamentos ou movimentos pelos seus bancos, que alegam ter falta de divisas devido à crise do petróleo - que fez diminuir a entrada de divisas no país -, o que levando ao disparar da cotação no mercado paralelo e ao aumento generalizado dos preços.

Para o político, qualquer alteração nessa matéria devia resultar de uma ampla auscultação pública e melhor clarificação "para que não sejam arbitrárias e discriminatórias".

"O conselho presidencial da CASA-CE exprime o seu mais firme repúdio às medidas emanadas pelo titular do poder executivo, que mais se assemelham a furto qualificado das pequenas poupanças em moeda estrangeira, arrecadadas ao longo de anos, com muito sacrifício por parte dos cidadãos honestos, os quais estão agora impedidos de efectuar qualquer levantamento do seu próprio dinheiro [moeda estrangeira]", disse o dirigente, no final de 2015.

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