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Comité central do MPLA reúne-se em Luanda a cinco meses do congresso ordinário

O presidente do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) e chefe de Estado, José Eduardo dos Santos, convocou para Sexta-feira uma reunião do comité central daquele partido, a cinco meses do congresso ordinário.

NICOL                           :

Segundo informação enviada a Lusa pelo MPLA, trata-se da 11.ª reunião ordinária e vai decorrer em Luanda, sob orientação do presidente do partido no poder em Angola desde 1975, sendo o comité central o órgão deliberativo máximo entre congressos.

O cinco meses do congresso, esta reunião - cuja agenda de trabalhos não foi revelada - acontece também numa altura em que José Eduardo dos Santos ainda não revelou se pretende disputar um novo mandato nas eleições gerais de Agosto de 2017.

Na reunião anterior do comité central, em Novembro, o presidente do MPLA anunciou uma renovação de 45 por cento dos cargos directivos, mas voltou a não clarificar se pretende recandidatar-se. "Aprovámos as principais teses do partido no congresso extraordinário, que serão naturalmente homologadas no congresso ordinário. Agora são as alterações a introduzir nos estatutos e no programa geral do partido que vão dominar a nossa atenção, a todos os níveis, bem como o processo de renovação, em 45 por cento, da direcção, nos vários escalões previstos nos estatutos do partido", disse na ocasião.

Em Julho passado, numa reunião do MPLA para preparar o próximo congresso ordinário, José Eduardo dos Santos afirmou que nas "actuais circunstâncias" do país pretende levar o mandato até ao fim, mas apontou a necessidade de estudar com seriedade a construção da transição em Angola.

"Em certos círculos restritos era quase dado adquirido que o Presidente da República não levaria o seu mandato até ao fim, mas é evidente que não é sensato encarar essa opção nas actuais circunstâncias", disse, no discurso de abertura da terceira reunião extraordinária do comité central do MPLA, a 2 de Julho.

O partido está assim a preparar o seu sétimo congresso ordinário, que por sua vez vai eleger, entre outros cargos de direcção, o de presidente do partido, cargo ocupado há mais de 35 anos por José Eduardo dos Santos, igualmente Presidente da República de Angola. As eleições gerais de 2017 serão as terceiras desde o fim da guerra civil, em 2002.

"Penso entretanto que deveremos estudar com muita seriedade como será construída a transição. Na minha opinião, é conveniente escolher o candidato a Presidente da República, que é competência do comité central nos termos dos estatutos, antes da eleição do presidente do partido no sétimo congresso ordinário", afirmou o líder angolano na reunião de Julho, nada mais acrescentando sobre o assunto até agora.

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